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Presidente do BRB é afastado do cargo por decisão judicial, após operação da PF

Por Redação 18/11/2025 às 09h21 • Atualizado em 19/11/2025 às 15h05
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Por Camila BomfimFábio Amato, g1, TV Globo e GloboNews — Brasília

  • Presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, foi afastado do cargo por decisão judicial nesta terça-feira (18).

  • Determinação ocorre no âmbito de uma operação da Polícia Federal (PF) deflagrada nesta terça, que resultou na prisão do presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro, e outros quatro diretores da organização.

  • Paulo Henrique Costa está nos Estados Unidos, conforme informou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).

  • Prisão aconteceu horas após o consórcio liderado pelo grupo de investimento Fictor Holding Financeira anunciar a compra do Banco Master.

  • Na manhã desta terça, o Banco Central emitiu um comunicado decretando a liquidação extrajudicial do Master e a indisponibilidade dos bens dos controladores e dos ex-administradores da instituição.

 
 
 
 
 
 

Além de presidente do Banco Master, diretores são alvo de mandados de prisão

O presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, foi afastado do cargo por decisão judicial nesta terça-feira (18).

A determinação ocorre no âmbito de uma operação da Polícia Federal (PF) deflagrada nesta terça, que resultou na prisão do presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro, e outros quatro diretores da organização.

Presidente do BRB, Paulo Henrique Costa — Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília

Presidente do BRB, Paulo Henrique Costa — Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília

Além de Vorcaro, o diretor-executivo de finanças e controladoria do BRB, Dario Oswaldo Garcia Junior, também foi afastado do cargo.

Procurado pelo g1, o BRB ainda não comentou o pedido de afastamento do presidente.

A prisão aconteceu horas após o consórcio liderado pelo grupo de investimento Fictor Holding Financeira anunciar a compra do Banco Master.

Na manhã desta terça, o Banco Central emitiu um comunicado decretando a liquidação extrajudicial do Master e a indisponibilidade dos bens dos controladores e dos ex-administradores da instituição.

  • 🔎 Liquidação extrajudicial é quando o Banco Central fecha um banco que não tem mais condições de funcionar. Um liquidante assume o controle, encerra as operações, vende os bens e paga os credores na ordem prevista em lei, até extinguir a instituição. Nessa etapa, as operações são encerradas e o banco deixa de integrar o sistema financeiro nacional.

O negócio com o grupo Fictor teria a participação de investidores dos Emirados Árabes Unidos e previa um aporte imediato de R$ 3 bilhões para reforçar o caixa do Master, que passa por dificuldades financeiras.

A compra ainda precisaria da aprovação do Banco Central do Brasil e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Com a decretação da liquidação extrajudicial, qualquer negociação de compra em andamento é automaticamente interrompida.

Paulo Henrique Costa estava à frente do BRB desde 2019 e conduziu a tentativa de compra do Banco Master pela instituição.

BRB tentou comprar o Master

Antes da proposta da Fictor, o Banco de Brasília (BRB) já havia protagonizado uma tentativa frustrada de adquirir a instituição financeira de Daniel Vorcaro.

O BRB e o Master haviam anunciado a operação em março, mas o negócio foi barrado cinco meses depois pela diretoria colegiada do Banco Central — instância máxima do BC, composta pelo presidente da instituição, Gabriel Galípolo, e mais oito diretores.

Segundo a decisão, divulgada em setembro, os dirigentes do BC negaram a operação por entenderem que o pedido não contemplava todos os requisitos necessários, indicando a ausência de documentos que comprovassem a "viabilidade econômico-financeira".

A aprovação pelo BC seria o último passo para a conclusão do negócio, já que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) havia dado o aval à operação em junho.

A Câmara Legislativa do Distrito Federal também havia aprovado uma lei autorizando a compra – proposta e sancionada em tempo recorde pelo governador do DF, Ibaneis Rocha, defensor da transação.

Anunciado em março, o acordo entre os bancos previa que o BRB, uma sociedade de capital e controlada majoritariamente pelo governo do Distrito Federal, adquirisse:

  • 49% das ações ordinárias
  • 100% das preferenciais e
  • 58% do capital total do Master.