Às vésperas de tomar posse, suplente de Daniel Donizet adota tom ameno, mas garante continuar a defender as pautas nas quais acredita

 

Kelly Bolsonaro visitou a Câmara Legislativa, na companhia de Daniel Donizet – Foto: Ísis Dantas

Nomeado nesta quarta-feira (22) como administrador regional do Gama, o deputado Daniel Donizet (PSDB) deixa o cargo para a suplente, Kelly Bolsonaro (PRP),que deve assumir o gabinete amanhã. Apesar do histórico de combativa nas redes sociais e até dos protestos, ela assume tom ameno, diz que não vai fazer enfrentamentos pessoais e vai defender as bandeiras nas quais acredita: Brasil, criança e família.

Nesta terça-feira (21), quando Kelly visitava a Casa, ela já teve uma amostra do que a espera quando assumir o mandato: em discurso, criticando o desemprego, o petista Chico Vigilante, por exemplo, classificou o presidente da República, a quem a futura deputada costuma defender, como “capitão Jair Capiroto”.

Kelly assume o mandato com o compromisso de manter parte do gabinete de Donizet e de tocar projetos já protocolados por ele, como o Escola Sem Partido e a proposta que libera animais de pequeno porte no transporte público do DF.

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Ela ficou conhecida na Internet depois de invadir um jogo do flamengo e fluminense no mane garrincha, com uma faixa “fora, Dilma”. Depois, foi atribuído a ele uma “invasão fascista” na UnB. Nas redes sociais, ela costuma fazer a defesa do presidente da República, de quem ela adotou o sobrenome. Não só com o Governo Federal, Kelly disse que também pretende trabalhar bem alinhada com o governo local.

Com tom mais diplomático, ela diz que está preparada para falas como a de Vigilante no Plenário: “Já foram tantos ataques, durante os últimos cinco anos, que a gente fica um pouco calejada. Acredito que o Chico vigilante está no direito dele, mas ele poderia só ter um pouco mais de respeito ao ser humano”, diz ela, que garante: evitará entrar em embates. “Vou focar no meu trabalho.”

Ela garante, no entanto, que continuará a defender as bandeiras dela e do mandato: “Bato de frente com o que eu acredito, só que, no âmbito pessoal, eu jamais vou atacar uma pessoa. Vou defender as pautas nas quais eu acredito. Não sou uma pessoa agressiva, eu sou combativa e vou continuar na linha de frente. Não vou deixar de ser uma militante pró-Brasil, pró-criança e pró-família. Vou continuar a defender minhas bandeiras com muita garra e, se precisar engrossar a voz, eu vou engrossar a voz.”

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Kelly Cristina Pereira dos Santos, que registrou candidatura como “dona de casa”, tem 32 anos e conseguiu 5.412 votos nas eleições de 2018. E também nasceu no Gama, conforme declarou à Justiça Eleitoral, mas mora em Santa Maria.

Fonte: Poder no Quadrado