Atuação da senadora Damares garante mudanças em PL que poderia prejudicar parte das pessoas com deficiência

Atuação da senadora Damares garante mudanças em PL que poderia prejudicar parte das pessoas com deficiência

Parlamentar brasiliense apresentou emenda para retirar termo que poderia excluir autistas e pessoas com down da lista de beneficiários

Uma emenda apresentada pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF) ao Projeto de Lei (PL) nº 4614/2024, aprovado pelo Senado nesta sexta-feira (20), garantiu a retirada de termo de texto que poderia excluir parte das pessoas com deficiência da lista de beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

O BPC é um programa de transferência de renda que prevê o pagamento mensal de um salário-mínimo às pessoas com deficiência e idosos com renda familiar per capita inferior a um quarto do salário-mínimo e o PL promove mudanças nas regras de concessão do benefício.

O debate acalorado no Senado ocorreu porque o texto aprovado pela Câmara dos Deputados, na quinta, previa que o benefício seria concedido somente após avaliação que reconhecesse deficiência “moderada ou grave”.

A parlamentar brasiliense, entretanto, apresentou emenda na qual solicitava a supressão dos termos “moderado e grave”, pois, segundo ela, pessoas com Síndrome de Down e autistas de nível 1, em situação de vulnerabilidade social, perderiam o benefício.

“Fica aqui nosso apelo para a gente não estabelecer aqui apenas os graus moderado e grave, deixar apenas o termo deficiência. E lá na ponta a avaliação biopsicossocial decide se a criança e o adulto, com a deficiência leve, têm ou não direito ao benefício”, explicou a senadora Damares.

Vários parlamentares, como a senadora Mara Gabrilli (PSD-SP), seguiram o mesmo entendimento e, após impasse, e negociação que envolveu parlamentares de oposição e governistas.

A senadora conversou com vários dos parlamentares presentes em Plenário, inclusive com o relator do PL, senador Rogério Carvalho (PT-SE), que após intensa negociação concordou com a retirada do termo do texto.

O projeto recebeu 42 votos favoráveis e 31 contrários, e segue para a sanção presidencial.

“Nosso protesto é por terem tramitado em urgência projeto que mexe com a vida de milhões de pessoas com deficiência e sem que o assunto sequer tenha tramitado pelas comissões, com a participação da sociedade civil. A avaliação é que evitamos o pior”, protestou Damares Alves.

Assessoria de Comunicação

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