O deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP), candidato à presidência da Câmara de Rodrigo Maia (DEM-RJ), quer o apoio do PT para oficializar sua candidatura ao comando da Casa até está quarta-feira (6). O parlamentar foi o escolhido por Maia para disputar contra Arthur Lira (PP-AL), candidato lançado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Baleia já foi anunciado pelo bloco liderado pelo presidente da Câmara no dia 23 de dezembro, mas o ato de lançamento formal ainda não foi realizado. Essa oficialização tem sido adiada por conta das articulações que têm como objetivo de garantir o apoio do PT. A bancada do partido se reúne na tarde desta segunda-feira (4) e uma resposta deve ser dada até o fim do dia.
Caso a previsão seja confirmada, a intenção de Baleia é iniciar suas viagens em campanha pelo Brasil já na quinta-feira (7). O calendário é apertado, já que a eleição para o comando da Casa está marcada para fevereiro.
O roteiro de visitas ainda não está fechado, já que também depende da decisão de apoio ou não do PT e em quais estados o candidato de Maia será apoiado pela cúpula no poder local.
Enquanto isso, Lira prepara um tour nacional para conversar com os deputados em suas bases eleitorais e mira traições em partidos com bancadas rachadas.
Até agora, Baleia tem o apoio de PSL, MDB, PSDB, DEM, Cidadania, PV e Rede, além da oposição. As exceções são o PT e do Psol. Ambos os partidos ainda discutem a adesão a Baleia. Se realmente ficarem com ele, a estimativa é que o bloco conte com cerca de 280 deputados.
O bloco de Lira, por outro lado, conta com PP, PL, PSD, Republicanos, Solidariedade, Patriota, Pros, PSC e Avante. Esse conjunto representa cerca de 175 deputados federais. A perspectiva do grupo é que Lira ainda consiga votos de integrantes do PSB, PSL, PSDB, PDT, Cidadania e do DEM.
O PT também pede que Baleia se comprometa a analisar as dezenas de pedidos de impeachment contra Bolsonaro que hoje estão. Mesmo que não sejam abertos processos, o partido quer que eles pelo menos sejam estudados.
Ações da Eletrobras valorizam 23% na semana, mas não se falou em ‘interferência’
Bolsonaro sinalizou interferência, e o papel da Eletrobrás saltou de R$27,04, na segunda, para R$33,83 na quinta
No início da semana, o papel da Eletrobrás era vendido a R$27,04 e, nesta quinta (25), já estava cotado a R$33,83. Foto: Reprodução
A estatal federal Eletrobrás valorizou 23% esta semana, mesmo após o presidente Jair Bolsonaro avisar que iria interferir no setor elétrico, mas ninguém atribuiu a essa atitude a valorização expressiva da estatal de energia.
No início da semana, o papel da Eletrobrás era vendido a R$27,04 e, nesta quinta (25), registrava valorização de 23%, cotada a R$33,83. O dedo presidencial, no setor elétrico, afinal só gerou lucros. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
O gesto do presidente de levar ao Congresso a medida provisória que deflagra a privatização da Eletrobrás ajudou a valorizar suas ações.
A MP 1031 (Eletrobrás) teve objetivos vitais para o êxito do governo. Um deles foram os grandes investidores privados, nacionais e internacionais.
A MP também é uma investida contra aumentos tão cruéis quanto os dos combustíveis: só em 2021, o povo amarga alta de 13% na conta de luz.