BRASÍLIA

GOVERNO FEDERAL

Juíza não vê urgência em pedido de Gleisi para ver Lula como advogada

Publicados

em

Magistrada pediu ainda que o Ministério Público Federal seja consultado sobre a solicitação da presidente do PT

Nelson Antoine/Estadão

A juíza federal Gabriela Hardt, provisoriamente responsável pela 12ª Vara Federal em Curitiba, afirmou, nesta segunda-feira (3/9), não existirem motivos para uma decisão urgente no pedido de revisão feito pela presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, sobre a decisão da semana passada que a impede de atuar como advogada de Luiz Inácio Lula da Silva.

Ela alegou que não existe a limitação apontada por Gleisi, visto que políticos e aliados do ex-presidente podem visitá-lo na cela onde está preso condenado pela Operação Lava Jato, na sede da Polícia Federal, em Curitiba, todos os dias da semana.

“Não vislumbro urgência no pedido de reconsideração para justificar a atuação desta magistrada para alterar a decisão da juíza natural do feito, sendo oportuno aguardar a manifestação da defesa”, escreveu a juíza substituta na 13ª Vara, do juiz Sérgio Moro, e respondendo provisoriamente pela 12ª, responsável pela execução penal de Lula. A magistrada pediu ainda que o Ministério Público Federal seja consultado sobre o pedido de Gleisi.

Leia Também:  Plenário analisa MP que dispensa limite de exportação para empresas de oxigênio; acompanhe

A proibição da presidente do PT de atuar como advogada de Lula foi pedida pelos procuradores da força-tarefa da Lava Jato. Eles alegam que a lei proíbe Gleisi de representar o ex-presidente. No pedido, afirmam: a cela especial reservada ao petista foi transformada em comitê de campanha eleitoral.

Gleisi e o advogado Luiz Fernando Casagrande Pereira, também à frente dos processos eleitorais de Lula, pediram a reconsideração da decisão da juíza Carolina Lebbos Moura, titular do processo de execução penal. Na petição, ela pedia “para reconhecer e declarar o direito de a requerente exercer regularmente sua profissão, nos limites do mandato a ela outorgado”.

Segundo a petição, os poderes passados por Lula a Gleisi “limitam-se à atuação para defender seus interesses eleitorais”.

No despacho desta segunda-feira (3) da juíza Gabriela Hardt, ela afirma: “Inicialmente, registro, após analisar referida procuração, não vislumbrar a alegada limitação de atuação à esfera eleitoral, pois nela constam poderes para o foro geral, com a cláusula ad judicia et extra, em qualquer juízo, instância ou tribunal”.

“Amigos”
Desde a prisão de Lula, em 7 de abril de 2018, para cumprimento da pena no caso do triplex do Guarujá, Gleisi e outros petistas passaram a ter o direito de ver o ex-presidente. Além de serem recebidos como “amigos”, no mesmo dia de visitação da família, pelo menos cinco petistas, que têm carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), se qualificaram no processo para poder representar Lula. Assim, eles podem visitar o condenado em qualquer dia da semana, menos nos finais de semana e feriado.

Leia Também:  Brasil quer modernizar Mercosul, diz secretário de Comércio Exterior

O MPF adverte: “A juntada de instrumento de mandato aos autos é para o exercício da defesa nos autos judiciais da execução penal e não para o exercício de atividade política, como aparenta”.

“A prerrogativa do advogado permite o exercício legítimo do mandato conferido pela parte, não o abuso ou a visita para fins políticos. Parece haver, em realidade, uma aparente tentativa de ludibriar as regras fixadas para visitação do encarcerado, possibilitando assim a visita em qualquer dia, desde que o visitante seja advogado.”

Fonte: Metropolis

COMENTE ABAIXO:

Colunista

Continue lendo
Clique para comentar

Você precisa estar logado para postar um comentário Login

Deixe uma resposta

GOVERNO FEDERAL

Ibama define nova prioridade para enfrentar perdas na biodiversidade e a crise climática

Avatar

Publicados

em

Por

Crédito: Arquivo Ibama

Instituto registrou em 2023 aumento de 30,6% nas ações de fiscalização ambiental no país, estratégia que resultou em queda dos alertas de desmatamento na Amazônia e no Cerrado. Dados associados ao trabalho de gestão ambiental passam a compor o ComunicaBR

Neste ano em que completa 35 anos, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) comemora o impacto do trabalho realizado em 2023 e aponta para uma mudança de comportamento, de forma inédita, com a definição da Educação Ambiental (EA) como prioridade no planejamento de suas ações.

No ano passado, o Ibama registrou aumento de 30,6% nas ações de fiscalização ambiental no país (em relação a 2022). No balanço de 2023, foram 21,4 mil operações fiscalizatórias realizadas. Com base nelas, o Instituto aplicou 16,49 mil infrações ambientais — aumento de 33,2% — e emitiu 5,88 mil embargos ambientais (crescimento de 20,4%). O efeito dessas ações já começam a aparecer.

Dados divulgados em fevereiro pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), apontam que houve queda dos alertas de desmatamento na Amazônia e no Cerrado no mês de janeiro. Em janeiro, cerca de 119 km² de vegetação nativa foram perdidos na Amazônia, o que representa queda de 29% ante o total de 166,5 km² observado em dezembro de 2023. Já no Cerrado, o desmatamento chegou a 295,9 km² no primeiro mês deste ano, uma redução de 33% em relação a janeiro de 2023, quando atingiu 440,5 km².

Leia Também:  Congresso promulga regras para emendas de relator ao Orçamento da União

O impacto do trabalho do Ibama também foi sentido nos cofres públicos: um aumento de R$ 194,6 milhões na arrecadação, resultante da concessão de 1,3 milhão de hectares de florestas públicas federais para o manejo florestal sustentável.

COMUNICABR – Todas as informações sobre ações, projetos e programas do Governo Federal na área de fiscalização e gestão ambiental passam a integrar a base do ComunicaBR, que ganha uma atualização e ampliação nesta sexta-feira, 12 de abril. Desde que foi colocada no ar, em dezembro de 2023, a ferramenta de transparência e comunicação pública já registrou mais de 1,5 milhão de consultas.

COMPORTAMENTO — Para 2024, o Ibama definiu, em seu planejamento, que dará prioridade para a Educação Ambiental. O objetivo é garantir relevância para o tema por meio de maior autonomia de atuação, uma estrutura física melhor e um orçamento mais robusto, tornando-o transversal, com envolvimento de todas as diretorias da autarquia.

Apesar da atuação permanente do Ibama no combate aos crimes ambientais, a priorização da EA busca a mudança de comportamento da população. Ações de educação ambiental, inclusive a partir de procedimentos internos do Instituto, vão contribuir para essas mudanças na sociedade.

Leia Também:  Brasil quer modernizar Mercosul, diz secretário de Comércio Exterior

Para o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, o órgão precisa “rever processos e a forma como com desafios que estão vivos neste país”. Ele enfatizou a necessidade de prosseguir, em 2024, com a modernização e com uso de tecnologias para o enfrentamento à crise climática, à perda de biodiversidade, às contaminações, e à crise socioambiental.

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

CONTATOS:

ATENDIMENTO
E-mail: secom܂imprensa@presidencia܂gov܂br
Tel.: (61) 3411-1601/1044

FOTOGRAFIA
E-mail: seaud܂secom@presidencia܂gov܂br
Tel: (61) 98100-1993 (apenas por mensagem via Whatsapp)

COMENTE ABAIXO:

Colunista

Continue lendo

MAIS LIDAS DA SEMANA

ENVIAR MENSAGEM
Estamos Online!
Olá
Podemos Ajudar?
ENVIAR MENSAGEM
Estamos Online!
Olá
Podemos Ajudar?