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Brasília recebe o maior evento de tecnologia e inovação do Centro-Oeste

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Mais de 1,5 mil empresários e especialistas vão participar do Brasília Mais TI.
O evento vai tratar dos impactos da transformação digital para a sociedade.

Por três dias, Brasília será o centro do debate nacional em soluções tecnológicas inteligentes, sustentáveis e inovadoras. A 6ª Mostra de Tecnologia Brasília Mais TI ocorrerá entre os dias 26 (amanhã) e 28 de novembro, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, reunindo mais de 1,5 mil empresários e especialistas em inovação do país.

As discussões vão desde como evitar que a Inteligência Artificial destrua a criatividade nas empresas até neuroengenharia e experiências imersivas.
Além disso, o evento terá espaço para networking de mulheres empreendedoras, discussões sobre o uso da Inteligência Artificial na advocacia, um torneio de robótica e um hackathon.

A professora-pesquisadora do Massachusetts Institute of Technology (MIT), Melissa Webster, estará em Brasília para apresentar seus estudos sobre a adoção e as implicações do ChatGPT e outras IAs generativas no mercado de trabalho e na educação. Sua palestra, intitulada “O Impacto da Inteligência Artificial na Sociedade”, será um dos destaques do evento.

Serão mais de 55 painelistas em 12 debates. Entre os palestrantes, o governador do Piauí, Rafael Fonteles, apresentará detalhes da transformação digital no Estado. Ele implementou a telemedicina em 222 municípios piauienses. Vai destacar a importância dos investimentos em sistemas e soluções tecnológicas para melhorar o acesso da população aos serviços públicos.

De acordo com o organizador do evento, o presidente do Sindicato das Indústrias da Informação do DF (Sinfor-DF), Carlos Jacobino, a tecnologia da informação é o pilar fundamental da era digital, com impacto direto na forma como trabalhamos, vivemos, nos desenvolvemos, geramos riqueza e nos comunicamos.

“É impossível imaginar um mundo sem a presença do digital, e a sociedade precisa se preparar para aproveitar ao máximo o que a tecnologia tem a oferecer. Há uma grande discussão sobre o papel da IA, mas a tecnologia é parte da solução, por isso devemos nos conectar, humanos com humanos, para entender o que deu certo até agora e o que nos espera no futuro próximo”, explica o empresário.

Brasília Mais TI é resultado de múltiplas iniciativas
Sob a organização do Sinfor/DF, o Grupo de Fortalecimento do Setor de TI (GForTI) realizará o evento em correalização com o Observatório do Empreendedorismo Feminino (OEMFE), a Associação da Advocacia Trabalhista do Distrito Federal (AATDF) e a Associação Edtech Meetup, uma organização voltada para fortalecer e conectar a comunidade de profissionais e entusiastas da tecnologia educacional (EdTech).

O evento conta com o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), SEBRAE Nacional, Caixa Econômica Federal, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF e da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento de Empresas Inovadoras (Anpei).

Brasília Mais TI lançará o Observatório do Empreendedorismo Feminino e terá painel sobre mulheres CEOs
Uma iniciativa dedicada à pesquisa, monitoramento, análise e promoção do empreendedorismo liderado por mulheres será oficialmente lançada no Brasília Mais TI.
Trata-se do Observatório do Empreendedorismo Feminino (OEMFE), que visa levantar e fornecer dados, insights e recursos para apoiar o desenvolvimento e fortalecimento das empreendedoras.
O evento contará com espaço exclusivo para networking de mulheres empreendedoras. “As mulheres empreendedoras contribuem para o crescimento econômico e trazem uma perspectiva inovadora e colaborativa, frequentemente desafiando normas tradicionais de gestão e liderança”, avalia o presidente do Sinfor/DF.

Conheça outros pontos de destaque da programação:
* Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovações do Brasil, Luciana Santos, participa de painel sobre tecnologia e meio ambiente.
* CEO do G4F, Gerusa Falcão, a empresária do setor de TI, Luciana Barbosa, e a diretora de redação do Correio Braziliense, Ana Dubeux, falam sobre Brasília e futuros possíveis.
* Painel sobre “Uso de rastros digitais como prova para processos trabalhistas”.
* Painel sobre “IA e o mercado jurídico: desafios e perspectivas”.
* Painel sobre “Reputação da Empresa e Reputação de seus Executivos: como lidar com a identidade unificada no novo cenário global de riscos e oportunidades”.
* Palestra com o secretário de Gestão e Inovação em Serviços Públicos do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Roberto Pojo, sobre “O uso do poder de compra do Estado”.
* Painel: Experiências Imersivas e IA na Jornada AgroTech.
* Pejotização e os Riscos Trabalhistas será tema de palestra do diretor jurídico da ISG S.A., Heyrovsky Torres.

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No Fórum Lide Brasil, Ibaneis Rocha ataca proposta de corte no reajuste do FCDF

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No Fórum Lide Brasil, Ibaneis Rocha ataca proposta de corte no reajuste do FCDF

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, voltou a criticar o governo federal durante o Fórum Brasil | Transição Energética, realizado pelo Lide Brasil e Lide Brasília, no Brasília Palace Hotel. Com o tema “Transição energética e desenvolvimento urbano”, o evento reuniu políticos e empresários na manhã desta quarta-feira (4).

Retomando as críticas feitas na terça-feira (3), durante a 4ª Reunião de Governança Codese-GDF, Ibaneis Rocha preferiu abordar a possibilidade de redução no Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), no bojo do pacote de cortes nos gastos, anunciado semana passada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

“Saiu da cabeça de alguém pouco iluminado do governo federal a ideia de atrapalhar o DF mais uma vez. Há um ano e três meses, com o apoio da classe política e empresarial, com o Paulo (Octávio) nos ajudando, nós vencemos essa batalha no Senado, porque havíamos perdido na Câmara, e conseguimos manter a correção do FCDF, na forma originária”, lembrou. “Aquela medida legislativa deu a verdadeira independência do DF, que vivia, até aquele momento, de favores do governo federal. E o que busca hoje este mal iluminado à frente do governo federal? Simplesmente retroceder e colocar novamente, não os governos, mas a população do Distrito Federal a serviço do governo federal. Eles não conseguem admitir que a capital da República não seja submissa a eles”, completou.

Ibaneis reclamou da medida impositiva do governo Lula. “Não houve diálogo nem com a bancada deles aqui. É uma medida absurda do ponto de vista legal, financeiro e conceitual. A comparação feita, pelo ministro Fernando Haddad e por alguns da equipe econômica, com os fundos de desenvolvimento do Nordeste, da Amazônia e do Centro-Oeste destoa totalmente da finalidade do FCDF. Os primeiros são para desenvolvimento e investimento para que estas regiões mais carentes possam ter sustentabilidade e uma economia que gera emprego e renda. Já o FCDF é um fundo de custeio para as forças de segurança, a saúde e a educação da capital. Essa característica é que traz a necessidade de manutenção da sua forma de correção”, afirmou, apontando o risco de achatamento destas categorias e elogiando a posição tomada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que defendeu a manutenção das regras do FCDF.

As críticas do governador encontraram eco junto aos outros participantes da solenidade de abertura do Fórum Brasil. O decano do Supremo Tribunal federal (STF), ministro Gilmar Mendes, reforçou o papel de Brasília e do Fundo Constitucional do DF.

“Em apoio às palavras do governador Ibaneis que é preciso entender o papel de Brasília no contexto geral. E foi neste cenário que se pensou, no governo Fernando Henrique Cardoso, no Fundo Constitucional, para estruturar Brasília de maneira adequada, tanto com responsabilidade fiscal. Brasília podia se tornar um centro de criminalidade, infelizmente, e por isso era ter condições de desenvolvimento”, rememorou

O ministro destacou ainda os desafios sociais enfrentados pela capital, como o Sol Nascente, maior favela do Brasil. “Não é um título que a gente queira ter. É preciso que os fundos sejam bem aplicados e que haja atenção em relação a esta temática. Brasília é importante para o desenvolvimento nacional, desde o projeto de Juscelino Kubitschek. O País ainda não percebeu o estadista grandioso que ele foi”, completou.

Para Paulo Octávio, presidente do lide Brasília e co-anfitrião do encontro, a alteração causa insegurança jurídica. “Na época, como deputado e depois senador, ajudei a fazer o Fundo, no governo Fernando Henrique Cardoso. O último ato dele como presidente da República, em dezembro de 2002, foi sancionar a criação do Fundo, que foi apoiado por todos os parlamentares, da Câmara, do Senado. O FCDF veio beneficiar uma cidade que nasceu para ser a capital da República e, de repente, querem mudar a forma dos reajustes, como está acontecendo agora. Isso aconteceu ano passado, nós conseguimos ganhar no Congresso, e a gente conseguiu reverter a situação. E agora, de repente, vem nesse pacote uma nova ameaça”, destacou.

“Como o governador Ibaneis colocou bem, é um prejuízo que vai aumentar a cada ano. Começa com prejuízo de R$ 1 bilhão, depois vai aumentando, porque a forma do reajuste será diferenciada e, logicamente, teremos menos recursos. É muito grave para uma cidade de crescimento, que não tem indústrias, que nasceu para ser a sede das embaixadas, da Justiça do nosso País e do governo. Brasília não pode ser comparada com outras capitais. Ela é diferenciada desde a sua criação. Nós temos que respeitar e parar de mudar as leis de acordo com o governante que está no momento”, disse.

O empresário confia que Congresso vai encarar com seriedade o assunto. “O partido a que pertenço, o PSD, já deu o total apoio para a não aprovação dessa mudança. Eu tenho certeza que os outros partidos também vão fazer o mesmo. É uma questão muito séria e não pode ser tratada da forma como vem sendo”, disse. Ele avaliou ainda que o ajuste nas contas públicas não precisa prejudicar a cidade.

“Brasília, dentro do panorama da redução de gastos de R$ 70 bilhões, é muito pequena. Não é prejudicando uma cidade que você vai fazer esse ajuste. Eu acho que a economia tem que vir de outras áreas, onde se gasta mais. Acho que o governo tem a sua equipe econômica para analisar e há forma de reduzir. Os orçamentos de alguns ministérios são imensos, então acho que se pode fazer um ajuste fiscal sem prejudicar uma cidade. É essa contrariedade que levamos ao governo federa. Não é justo mexer com uma cidade, com um projeto que já está aprovado, que é constitucional, que foi já discutido há tanto tempo. Não devemos atrapalhar uma coisa que funciona bem”, concluiu

Avanços e desafios na transição energética
Tema principal dos debates, os avanços e desafios da transição energética no Brasil foram foco de dois painéis. A energia limpa, especialmente a solar e a eólica, foram o foco das soluções para transformar o Brasil em um líder global. Para o ministro Gilmar Mendes, do STF, a importância da energia limpa é clara especialmente a solar e a hidrelétrica. Ele também alertou para os riscos das mudanças climáticas, citando que enchentes e secas são sinais de que políticas ambientais são urgentes.

Anfitrião da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP-30), o governador do Pará, Helder Barbalho, abordou o mercado de créditos de carbono. No estado, já foram certificadas 300 milhões de toneladas de carbono, com 12 milhões comercializadas por cerca de R$ 1 bilhão. “Esse mercado representa uma nova economia para o Pará, beneficiando comunidades e incentivando práticas sustentáveis”, disse o governador, que atribuiu o resultado à redução do desmatamento.

Ex-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates falou dos na transição energética no Brasil. Apesar do potencial do País nos campos de energia eólica e solar, é preciso um planejamento regional que pode gerar tensões. “Cada região precisará resolver suas demandas energéticas de forma local, o que pode gerar conflitos, especialmente em um país com matrizes tão diversas”, afirmou. Ele também cobrou uma estratégia clara para que o Brasil use sua posição privilegiada de forma eficaz.

O economista Roberto Giannetti, head do Lide Infraestrutura, falou do avanço das tecnologias de hidrogênio verde e baterias estáticas, que serão braços essenciais na transição energética. “O hidrogênio verde será fundamental para setores como a mobilidade urbana e a indústria. E as baterias estáticas resolverão problemas de intermitência na geração de energia renovável, como solar e eólica”, disse.

Paulo Octávio falou do crescimento da energia solar na capital federal. Atualmente, 20% dos empreendimentos em Brasília utilizam energia solar. E em seus próprios empreendimentos a energia é 100% solar. “A energia solar é uma fonte limpa, econômica e sustentável, que oferece redução de até 20% nos custos para os consumidores”, afirmou.

Ele também defendeu o planejamento antes da criação de bairros, para melhorar a vida dos cidadãos e apoiar a transição energética. “As cidades crescem no Brasil, muitas vezes, de forma desordenada. Discutir o planejamento futuro de como o cidadão vai viver melhor nas cidades é um grande tema. Acho que todos os prefeitos têm que participar. Porque o urbanismo é uma questão social e de qualidade de vida das pessoas”, destacou.

“Nós vivemos em uma cidade que foi planejada, talvez com a melhor qualidade de vida do mundo. O projeto inicial foi respeitado, a cidade foi tombada e continua sendo preservada por todos os governos que por aqui passam. O que está em jogo é o homem e a qualidade das pessoas. Eu defendo, inclusive, que as cidades sejam planejadas. Não adianta construir cidades espalhadas porque depois o governo não tem condições de levar a infraestrutura”, concluiu.

Fonte: Ascom Paulo Octávio

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