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Candidatos ao GDF elencam 10 prioridades para o primeiro mês de governo

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A pedido do Correio Braziliense, os candidatos ao Palácio do Buriti Ibaneis Rocha (MDB) e Rodrigo Rollemberg (PSB) elencam 10 propostas a serem colocadas em prática no primeiro mês de mandato, caso sejam eleitos


Moradia, educação, saúde, segurança, emprego: diversas áreas precisarão da atenção irrestrita do governador eleito pelo Distrito Federal em 28 de outubro. Seja Ibaneis Rocha (MDB), seja Rodrigo Rollemberg (PSB), o chefe do Palácio do Buriti entre 2019 e 2022 precisará encontrar saídas para ampliar investimentos, mesmo com um orçamento, que, historicamente, pouco varia ano a ano, e melhorar o serviço prestado à população sem ultrapassar os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Mas por onde começar? O Correio pediu aos concorrentes uma lista com as 10 medidas prioritárias para o primeiro mês de gestão. As ações elencadas vão da reestruturação administrativa ao resgate de programas sociais.
                                          (foto: Editoria de Arte/CB/D.A Press)
Em 1º de janeiro, o advogado Ibaneis Rocha pretende criar o programa de Valorização do Servidor Público, que prevê a “humanização da gestão pública”. “Propomos a formação continuada do profissional e a promoção de cursos de inteligência emocional”, explicou o coordenador do plano de governo do emedebista, André Clemente. Entre as prioridades, estão, ainda, a concessão da paridade salarial da Polícia Civil com a Polícia Federal, com o pagamento do reajuste de 37% à categoria, além da implementação de um plano de carreira da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. Conforme a equipe do candidato, as três medidas custariam R$ 1bilhão aos cofres públicos em 2019.
O planejamento ainda engloba ações para a educação. O ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no DF (OAB/DF) diz que, no primeiro dia da gestão, dará início ao processo licitatório para a construção de 50 creches ao custo de R$ 100 milhões — a medida, segundo ele, renderia 7,5 mil vagas nesses espaços. De forma simultânea, Ibaneis espera firmar convênios com entidades da sociedade civil, a exemplo de igrejas, e usar a estrutura física dos locais para atender crianças de 6 meses a 3 anos, além de resgatar o programa Mãe-Crecheira.
Com a previsão orçamentária de R$ 70 milhões, o emedebista projeta reformas pequenas e médias nas 671 escolas do Distrito Federal. “São coisas básicas, para dar dignidade aos estudantes, como modificações na fiação, pinturas, melhorias nos banheiros e ventilação. A seguir, entramos com obras mais pesadas. Também estamos viabilizando R$ 63 milhões junto à bancada de deputados federais do DF para a construção de seis centros de educação”, adiantou Clemente. Na área de segurança, a expectativa do aspirante ao GDF é de “reabrir as delegacias fechadas” — de acordo com a Polícia Civil, contudo, não há unidades fechadas.
Na área de gestão pública, Ibaneis propõe a alteração da estrutura do governo, com a extinção de secretarias e a “simplificação do trâmite de processos”. Nas contas do candidato, a iniciativa resultaria em uma economia de R$ 800 milhões. Sob o custo de R$ 1 milhão, o advogado também implementará um programa de Integridade Pública, vinculado ao gabinete do governador, para prevenir e corrigir desvios.
Aluguel Legal
Candidato à reeleição, Rodrigo Rollemberg aponta, entre as ações prioritárias, para o primeiro mês de gestão, o lançamento do programa Aluguel Legal — a proposta consiste na contribuição mensal de R$ 600 a famílias inscritas na Faixa 1 do Habita Brasília (com renda de até três salários mínimos), enquanto aguardam as unidades habitacionais. “O projeto vai beneficiar 50 mil famílias. Priorizaremos quem tem mais de 60 anos. O governo pagará o aluguel para que essas pessoas possam morar com qualidade e dignidade”, disse o governador, em um dos programas eleitorais.
Na educação, Rollemberg projeta a contratação de professores, orientadores, monitores, secretários e técnicos do setor. O socialista firmou o compromisso, ao fim de setembro, com representantes da Comissão de Aprovados do concurso de 2016. As áreas que receberão os profissionais serão definidas após o período de remanejamento, ao fim deste ano. O recurso para as nomeações está previsto no Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa) 2019, que será votado na Câmara Legislativa em dezembro. Outra proposta é a construção de escolas técnicas, no Paranoá e em Santa Maria. O chefe do Executivo local ainda ampliará o número de vagas em creches, em atendimento ao Plano Distrital de Educação (PDE).
Ainda nos primeiros 30 dias de 2019, Rollemberg enviará à Presidência da República o novo plano de carreira da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. Conforme a proposta, os PMs e os bombeiros chegariam à mais alta posição de chefia com 15 anos de serviço. Esses servidores garantiriam a estabilidade após três anos de exercício , e não, 10, como no modelo atual. “Estamos criando o Abono Permanência, com valores mais justos e adequados às atividades exercidas. Atualizamos os valores do Serviço Voluntário Gratificado. Criamos a promoção ao posto acima na passagem para a reserva remunerada”, afirmou o governador, em um vídeo divulgado nas redes sociais.
Para melhorar a segurança pública, o socialista pretende instalar centenas de câmeras de segurança nas cidades “para garantir o acompanhamento em tempo real e a ampliação da sensação de segurança da população”. Na saúde, a ideia é construir Unidades Básicas de Saúde (UBS). Rollemberg ainda assegura, para janeiro, a realização de concursos, a reorganização das administrações regionais e a criação da Secretaria de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência.
São coisas básicas, para dar dignidade aos estudantes, como modificações na fiação, pinturas, melhorias nos banheiros e ventilação (das escolas). A seguir, entramos com obras mais pesadas. Também estamos viabilizando R$ 63 milhões junto à bancada de deputados federais do DF para a construção de seis centros de educação” 
André Clemente, coordenador do plano de governo de Ibaneis Rocha (MDB)
Estamos criando o Abono Permanência, com valores mais justos e adequados às atividades exercidas (de policiais militares e bombeiros). Atualizamos os valores do Serviço Voluntário Gratificado. Criamos a promoção ao posto acima na passagem para a reserva remunerada” 
Rodrigo Rollemberg, candidato à reeleição
Fonte: Correio Brasiliense
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No Fórum Lide Brasil, Ibaneis Rocha ataca proposta de corte no reajuste do FCDF

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No Fórum Lide Brasil, Ibaneis Rocha ataca proposta de corte no reajuste do FCDF

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, voltou a criticar o governo federal durante o Fórum Brasil | Transição Energética, realizado pelo Lide Brasil e Lide Brasília, no Brasília Palace Hotel. Com o tema “Transição energética e desenvolvimento urbano”, o evento reuniu políticos e empresários na manhã desta quarta-feira (4).

Retomando as críticas feitas na terça-feira (3), durante a 4ª Reunião de Governança Codese-GDF, Ibaneis Rocha preferiu abordar a possibilidade de redução no Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), no bojo do pacote de cortes nos gastos, anunciado semana passada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

“Saiu da cabeça de alguém pouco iluminado do governo federal a ideia de atrapalhar o DF mais uma vez. Há um ano e três meses, com o apoio da classe política e empresarial, com o Paulo (Octávio) nos ajudando, nós vencemos essa batalha no Senado, porque havíamos perdido na Câmara, e conseguimos manter a correção do FCDF, na forma originária”, lembrou. “Aquela medida legislativa deu a verdadeira independência do DF, que vivia, até aquele momento, de favores do governo federal. E o que busca hoje este mal iluminado à frente do governo federal? Simplesmente retroceder e colocar novamente, não os governos, mas a população do Distrito Federal a serviço do governo federal. Eles não conseguem admitir que a capital da República não seja submissa a eles”, completou.

Ibaneis reclamou da medida impositiva do governo Lula. “Não houve diálogo nem com a bancada deles aqui. É uma medida absurda do ponto de vista legal, financeiro e conceitual. A comparação feita, pelo ministro Fernando Haddad e por alguns da equipe econômica, com os fundos de desenvolvimento do Nordeste, da Amazônia e do Centro-Oeste destoa totalmente da finalidade do FCDF. Os primeiros são para desenvolvimento e investimento para que estas regiões mais carentes possam ter sustentabilidade e uma economia que gera emprego e renda. Já o FCDF é um fundo de custeio para as forças de segurança, a saúde e a educação da capital. Essa característica é que traz a necessidade de manutenção da sua forma de correção”, afirmou, apontando o risco de achatamento destas categorias e elogiando a posição tomada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que defendeu a manutenção das regras do FCDF.

As críticas do governador encontraram eco junto aos outros participantes da solenidade de abertura do Fórum Brasil. O decano do Supremo Tribunal federal (STF), ministro Gilmar Mendes, reforçou o papel de Brasília e do Fundo Constitucional do DF.

“Em apoio às palavras do governador Ibaneis que é preciso entender o papel de Brasília no contexto geral. E foi neste cenário que se pensou, no governo Fernando Henrique Cardoso, no Fundo Constitucional, para estruturar Brasília de maneira adequada, tanto com responsabilidade fiscal. Brasília podia se tornar um centro de criminalidade, infelizmente, e por isso era ter condições de desenvolvimento”, rememorou

O ministro destacou ainda os desafios sociais enfrentados pela capital, como o Sol Nascente, maior favela do Brasil. “Não é um título que a gente queira ter. É preciso que os fundos sejam bem aplicados e que haja atenção em relação a esta temática. Brasília é importante para o desenvolvimento nacional, desde o projeto de Juscelino Kubitschek. O País ainda não percebeu o estadista grandioso que ele foi”, completou.

Para Paulo Octávio, presidente do lide Brasília e co-anfitrião do encontro, a alteração causa insegurança jurídica. “Na época, como deputado e depois senador, ajudei a fazer o Fundo, no governo Fernando Henrique Cardoso. O último ato dele como presidente da República, em dezembro de 2002, foi sancionar a criação do Fundo, que foi apoiado por todos os parlamentares, da Câmara, do Senado. O FCDF veio beneficiar uma cidade que nasceu para ser a capital da República e, de repente, querem mudar a forma dos reajustes, como está acontecendo agora. Isso aconteceu ano passado, nós conseguimos ganhar no Congresso, e a gente conseguiu reverter a situação. E agora, de repente, vem nesse pacote uma nova ameaça”, destacou.

“Como o governador Ibaneis colocou bem, é um prejuízo que vai aumentar a cada ano. Começa com prejuízo de R$ 1 bilhão, depois vai aumentando, porque a forma do reajuste será diferenciada e, logicamente, teremos menos recursos. É muito grave para uma cidade de crescimento, que não tem indústrias, que nasceu para ser a sede das embaixadas, da Justiça do nosso País e do governo. Brasília não pode ser comparada com outras capitais. Ela é diferenciada desde a sua criação. Nós temos que respeitar e parar de mudar as leis de acordo com o governante que está no momento”, disse.

O empresário confia que Congresso vai encarar com seriedade o assunto. “O partido a que pertenço, o PSD, já deu o total apoio para a não aprovação dessa mudança. Eu tenho certeza que os outros partidos também vão fazer o mesmo. É uma questão muito séria e não pode ser tratada da forma como vem sendo”, disse. Ele avaliou ainda que o ajuste nas contas públicas não precisa prejudicar a cidade.

“Brasília, dentro do panorama da redução de gastos de R$ 70 bilhões, é muito pequena. Não é prejudicando uma cidade que você vai fazer esse ajuste. Eu acho que a economia tem que vir de outras áreas, onde se gasta mais. Acho que o governo tem a sua equipe econômica para analisar e há forma de reduzir. Os orçamentos de alguns ministérios são imensos, então acho que se pode fazer um ajuste fiscal sem prejudicar uma cidade. É essa contrariedade que levamos ao governo federa. Não é justo mexer com uma cidade, com um projeto que já está aprovado, que é constitucional, que foi já discutido há tanto tempo. Não devemos atrapalhar uma coisa que funciona bem”, concluiu

Avanços e desafios na transição energética
Tema principal dos debates, os avanços e desafios da transição energética no Brasil foram foco de dois painéis. A energia limpa, especialmente a solar e a eólica, foram o foco das soluções para transformar o Brasil em um líder global. Para o ministro Gilmar Mendes, do STF, a importância da energia limpa é clara especialmente a solar e a hidrelétrica. Ele também alertou para os riscos das mudanças climáticas, citando que enchentes e secas são sinais de que políticas ambientais são urgentes.

Anfitrião da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP-30), o governador do Pará, Helder Barbalho, abordou o mercado de créditos de carbono. No estado, já foram certificadas 300 milhões de toneladas de carbono, com 12 milhões comercializadas por cerca de R$ 1 bilhão. “Esse mercado representa uma nova economia para o Pará, beneficiando comunidades e incentivando práticas sustentáveis”, disse o governador, que atribuiu o resultado à redução do desmatamento.

Ex-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates falou dos na transição energética no Brasil. Apesar do potencial do País nos campos de energia eólica e solar, é preciso um planejamento regional que pode gerar tensões. “Cada região precisará resolver suas demandas energéticas de forma local, o que pode gerar conflitos, especialmente em um país com matrizes tão diversas”, afirmou. Ele também cobrou uma estratégia clara para que o Brasil use sua posição privilegiada de forma eficaz.

O economista Roberto Giannetti, head do Lide Infraestrutura, falou do avanço das tecnologias de hidrogênio verde e baterias estáticas, que serão braços essenciais na transição energética. “O hidrogênio verde será fundamental para setores como a mobilidade urbana e a indústria. E as baterias estáticas resolverão problemas de intermitência na geração de energia renovável, como solar e eólica”, disse.

Paulo Octávio falou do crescimento da energia solar na capital federal. Atualmente, 20% dos empreendimentos em Brasília utilizam energia solar. E em seus próprios empreendimentos a energia é 100% solar. “A energia solar é uma fonte limpa, econômica e sustentável, que oferece redução de até 20% nos custos para os consumidores”, afirmou.

Ele também defendeu o planejamento antes da criação de bairros, para melhorar a vida dos cidadãos e apoiar a transição energética. “As cidades crescem no Brasil, muitas vezes, de forma desordenada. Discutir o planejamento futuro de como o cidadão vai viver melhor nas cidades é um grande tema. Acho que todos os prefeitos têm que participar. Porque o urbanismo é uma questão social e de qualidade de vida das pessoas”, destacou.

“Nós vivemos em uma cidade que foi planejada, talvez com a melhor qualidade de vida do mundo. O projeto inicial foi respeitado, a cidade foi tombada e continua sendo preservada por todos os governos que por aqui passam. O que está em jogo é o homem e a qualidade das pessoas. Eu defendo, inclusive, que as cidades sejam planejadas. Não adianta construir cidades espalhadas porque depois o governo não tem condições de levar a infraestrutura”, concluiu.

Fonte: Ascom Paulo Octávio

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