CLDF
PRO 60+ lista oportunidades de formação e capacitação para a pessoa idosa no DF
Duas instituições de ensino do Distrito Federal, a Universidade de Brasília (UnB) e o Instituto Federal de Brasília (IFB) Campus Ceilândia, estão com vagas abertas para formação e capacitação voltadas ao público idoso. Em sua missão de incentivar iniciativas que permitam o acessos dos idosos a oportunidades culturais e educativas, a Procuradoria Especial de Defesa dos Direitos da Pessoa (PRO60+) compartilha oportunidades de capacitação no DF cpara fomentar a inclusão e a valorização da experiência das pessoas com 60 anos ou mais.
“Essas iniciativas reafirmam o compromisso das instituições do Distrito Federal em proporcionar uma educação inclusiva e de qualidade para todas as idades, valorizando a experiência e incentivando a contínua busca por conhecimento entre a população idosa”, enfatizou Chico Vigilante, procurador especial do Idoso na CLDF.
Cursos de Formação Inicial
O IFB Campus Ceilândia está com inscrições abertas para o segundo semestre de 2024, oferecendo 150 vagas em Cursos de Formação Inicial, com foco especial em pessoas com 60 anos ou mais.
As matrículas devem ser realizadas entre os dias 12 e 30 de agosto de 2024, através de formulários eletrônicos específicos para cada curso. Além dos cursos voltados especificamente para o público 60+, o IFB também oferece oportunidades em outras áreas, como Libras Básico I e Mercado de Capitais, disponíveis para pessoas que atendam aos critérios estabelecidos.
Os cursos disponíveis incluem PlateadosTech+, para Pessoas Idosas Antenadas nas Tecnologias Digitais, Letramento em Libras para Pessoas Idosas e Espanhol Básico para Idosos.
Vestibular 60+
A Universidade de Brasília (UnB) já anunciou o cronograma dos seus processos seletivos para 2025, com destaque para a terceira edição do Vestibular 60+. Este certame é exclusivo para candidatos com 60 anos ou mais, oferecendo uma oportunidade especial de ingresso em cursos de graduação.
O edital de abertura do Vestibular 60+ será publicado no dia 10 de outubro de 2024, e as provas estão agendadas para 1º de dezembro. Os candidatos serão avaliados por meio de uma prova de redação em língua portuguesa, que terá caráter classificatório e eliminatório. “Esta abordagem permite que os participantes demonstrem suas habilidades de escrita e concorram de maneira justa às vagas disponíveis”, destaca Vigilante.
Além dessa iniciativa, a UnB também mantém outros processos seletivos, como o Vestibular Tradicional, o Vestibular de Libras, o Programa de Avaliação Seriada (PAS), o Acesso Enem UnB, e ainda reserva vagas para o Vestibular Indígena e para o Processo Seletivo de Pessoas Idosas, reafirmando seu compromisso com a diversidade e a inclusão.
Tecnologia e Inclusão Digital
Chico Vigilante acrescenta que o Campus de Ceilândia do IFB tem contribuído significativamente para a inclusão digital e o bem-estar das pessoas idosas através do Espaço do Idoso, um ambiente interativo que vai além das tradicionais oficinas de informática. “O espaço utiliza recursos tecnológicos avançados, como óculos de realidade virtual e games interativos, com o objetivo de proporcionar uma inclusão digital efetiva e melhorar o déficit sensorial e cognitivo dos participantes”, destaca o distrital.
O Espaço do Idoso é aberto à comunidade de Ceilândia, Distrito Federal e regiões próximas, sendo necessário apenas ter 60 anos ou mais e estar matriculado nas atividades através de edital de seleção.
Serviço:
Para saber mais sobre o Vestibular UNB 60+, acesse:
https://estudenaunb.unb.br/cronograma
Para saber mais sobre as vagas em cursos de formação 60+ IFB, acesse:
* Com informações da assessoria de comunicação da PRO60+
Fonte: CLDF
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CLDF
Audiência pública debate avanços e desafios dos Conselhos Tutelares
O Conselho Tutelar foi criado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente para garantir que os direitos relativos à infância e à adolescência sejam garantidos. Segundo a Secretaria de Justiça, o Distrito Federal conta com 39 unidades, sediadas nas diversas regiões. Mesmo assim, o número não é suficiente para atender à demanda, segundo a Associação dos Conselheiros Tutelares, que calcula a necessidade de mais 11 desses órgãos para cobrir todo o território.
Este tópico foi um dos temas abordados durante audiência pública realizada pela Câmara Legislativa, nesta sexta-feira (29), que debateu avanços e desafios dos conselhos tutelares. Autor da iniciativa, o deputado Chico Vigilante (PT) citou, entre outras dificuldades enfrentadas pelos conselheiros, problemas de mobilidade e questões de segurança, como obstáculos para o atendimento. “Houve casos em que enfrentaram o crime organizado”, frisou.
Os pontos, tratados pelo parlamentar, foram enfatizados pela presidente do Fórum Distrital de Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes, Thelma Mello: “Os conselheiros são constantes vítimas de ataques”. Ela também reforçou a importância, para a sociedade, da atuação dos conselheiros e salientou, entre as atribuições dos conselhos, a manutenção do diálogo com o governo local e a CLDF.
Por sua vez, Diego Moreno de Assis e Santos, que representou a Secretaria de Justiça, relatou ações do GDF voltadas para o funcionamento dos conselhos tutelares, incluindo melhorias no espaço destinado ao órgão no Setor Sudoeste, alvo de reclamação de Thelma Mello, que alertou sobre a violação de sigilo durante o atendimento. Ele destacou ainda o “botão de pânico”, que permite ao conselheiro acionar viaturas policiais de maneira célere.
A inadequação dos locais de atendimento também foi discutida pelo presidente da Associação dos Conselheiros Tutelares do DF, Gustavo Henrique da Silva Camargo. Além disso, ele argumentou que, “muitas vezes, avanços acabam por se tornar desafios”, como é o caso das eleições para a escolha dos conselheiros, que foi “profissionalizada” com apoio da Justiça Eleitoral. Por isso, citou a premência da Escola de Conselhos.
A exigência da formação continuada dos conselheiros – um dos objetivos da escola – foi ressaltada por Luisa de Marilac, da Promotoria da Infância e da Juventude do Ministério Público do DF. Em meio a avanços, a promotora de justiça listou problemas, por exemplo, relativos às condições de trabalho, bem como na remuneração dos conselheiros. “Precisamos de conselhos tutelares fortes para atuar contra a violação de direitos e conselheiros capacitados para cumprir o papel de agentes de proteção de crianças, adolescentes e famílias”, declarou.
Conselheiros tutelares de várias regiões do DF acrescentaram outras dificuldades aos itens inicialmente levantados, como a demora da Secretaria de Saúde em marcar exames prescritos, a falta de vagas em creches e a ausência de suporte, por parte dos órgãos governamentais, para o desenvolvimento das ações previstas na legislação. E ainda a exigência de cuidados com a saúde mental deles próprios.
Fonte: CLDF
Colunista
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