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Café produzido em uma fazenda na zona rural de Sobradinho fica entre os finalistas do 28º Prêmio Ernesto Illy de Qualidade Sustentável

EMANUELLE COELHO, DA AGÊNCIA BRASÍLIA

O café, largamente apreciado pelos brasileiros, é uma das bebidas mais consumidas no país. No Distrito Federal, vem ganhando cada vez mais espaço, qualidade e destaque. Localizada na zona rural de Sobradinho, a fazenda Novo Horizonte classificou-se entre as finalistas do 28º Prêmio Ernesto Illy de Qualidade Sustentável do Café para Espresso. Nesta premiação, de abrangência nacional, é a primeira vez que um produtor da região Centro-Oeste marca presença entre as três colocações iniciais. Mas não é o primeiro troféu conquistado pelo proprietário da fazenda, Carlos Alberto Leite Coutinho, aposentado de 73 anos, que já havia sido premiado em 2013 e 2014.

Simpático, Carlos Alberto recebeu a equipe da Agência Brasíliaservindo um refinado café, preparado em prensa francesa, para falar sobre sua produção – que, segundo conta, começou despretensiosamente. Natural da Paraíba, o produtor chegou a Brasília em 1983, transferido do Banco do Brasil. Em 1986, começou a trabalhar na Secretaria do Tesouro. “Lá eu convivi com muitos agricultores e já comecei a ter informações sobre o assunto”, lembra. “Só não tinha experiência.”

O início

Tudo começou com uma área de dois hectares, que hoje já tem mais do que o dobro do tamanho. “Eu tinha essa propriedade e a preocupação de ter algo para fazer depois que me aposentasse”, lembra Coutinho. O início das atividades na fazenda foi com a criação de gado de leite. “Mas era desgastante e pouco rentável. Daí, desisti”.

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Na área havia uma média de 50 a 100 pés de café. Foi quando ele decidiu investir nessa produção, inicialmente, apenas para consumo próprio. “Mas as mudas já estavam velhas e procuramos novas. Ganhei três mil de um amigo, comecei a ampliar e fui crescendo e criando amor pelo café”, relata.

A ideia inicial não era de plantar café especial. Certo dia, ouviu de um corretor de que seu produto “bebeu mole” (termo usado para café de qualidade) e foi aconselhado a enviá-lo para apreciação da Illy, empresa especializada em seleção e comercialização de grãos de boa qualidade. “Isso me chamou a atenção, comecei a pesquisar”, conta. “Comprei as peneiras para fazer a separação do café, coloquei no saco e enviei para a empresa. Alguns dias depois, ligaram dizendo que o meu café era um dos melhores que tinham chegado na empresa.”

O produtor Carlos Alberto Coutinho em sua fazenda, orientado pela engenheira agrônoma Rosely Oliveira, da Emater: produção três vezes premiada /Fotos; Acácio Pinheiro/Agência Brasília

A partir daí, o produtor recebeu um cartão de sócio do clube e passou a contar, também, com informações estimulando a gestão de qualidade. Morador da Asa Norte, Coutinho visita a propriedade diariamente e acompanha todo o processo. O nome do café que produz, Minelis, é em homenagem ao apelido do avô. Plantado a 1.180 metros de altitude, o produto, explica ele,  apresenta um diferencial: “Tem  uma característica de aroma intenso e sabor adocicado, com uma leve acidez cítrica”.

Há mais de dez anos, Carlos Alberto conta com orientação especializada de representantes da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF). Está sempre atualizado sobre técnicas de adequação ambiental, produção e orientações sobre crédito rural. “O Carlos Alberto foi um dos pioneiros no DF com café, ainda mais em uma área de 48 hectares”, ressalta a engenheira agrônoma Rosely Oliveira.

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Ilycaffè

O húngaro Francesco Illy chega a Trieste (Itália) após a Primeira Guerra Mundial, após concluir a faculdade de economia em Timişoara (Romênia) e de ter trabalhado em Viena (Áustria). Inventivo e cosmopolita, encontrou em Trieste os três amores de sua vida: a mulher, sua cidade e o café.

Em 1933, Francesco fundou a Illycafè, que começou a funcionar comercializando cacau e café, que chegavam de todo o mundo ao porto de Trieste. Atualmente, a empresa é dirigida pela terceira geração da família, com Andrea Illy como presidente e Riccardo Illy como vice-presidente. Em seu portal, a empresa destaca o fato de ser valorizada nos cinco continentes pela alta qualidade e o “sabor aveludado” do seu café.

1721Ano em que chegaram ao Brasil as primeiras mudas de café, trazidas pelo oficial português Francisco de Mello Palheta

O café no Brasil

As primeiras mudas de café chegaram ao Brasil em 1721 e foram plantadas no Pará,  trazidas pelo oficial português Francisco de Mello Palheta. Alguns séculos depois, o Brasil se tornou o maior exportador do produto no mercado mundial.  De acordo com a Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), o país responde por um terço da produção mundial do grão, o que o coloca como maior produtor mundial há mais de 150 anos.

Fonte: Agência Brasilia
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ENERGIA RECUPERADA EM TRÊS MESES É SUFICIENTE PARA ABASTECER 140 MIL CASAS POR 30 DIAS

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Neoenergia Brasília realiza mais de 35 mil ações de recuperação de energia em todo o Distrito Federal. Parte do valor da energia furtada é pago por todos os consumidores

 

Brasília, 14 de junho de 2022 –* O combate a perdas de energia é uma prioridade para a Neoenergia Brasília. Só nos três primeiros meses do ano, a distribuidora recuperou 28 milhões de kWh, o suficiente para abastecer 140 mil residências por 30 dias. Para se chegar a essa marca, foram realizadas mais de 35 mil ações de prevenção e combate aos desvios de energia, como regularização de clientes clandestinos (4,3 mil), fiscalização (23 mil) e substituição de medidores (7,7 mil), além do uso de tecnologia para se evitar fraudes, como a instalação de sensores na rede e a manutenção da telemedição nos maiores consumidores.

 

É importante ressaltar que, somente com 1.940 ações realizadas nas classes comercial e industrial, neste período, a distribuidora recuperou 64% do montante recuperado em todas as classes no período. Com 18 milhões de kWh recuperados, é possível abastecer 90 mil residências por 30 dias.

 

“Esse trabalho é fruto de ações de inteligência, associadas a operações estratégicas de campo e com a colaboração de todas as áreas da empresa”, explica Gustavo Alvares, diretor- superintendente de Relacionamento com o Cliente da Neoenergia Brasília. “Aumentaremos o ritmo de inspeções nos próximos meses e reforçaremos a ideia de que o furto de energia não compensa. As empresas devem procurar a Neoenergia para regularizar seus débitos e adequar as ligações de suas unidades”, finaliza.

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De todas as ações, um caso emblemático chamou a atenção. No último mês de fevereiro, o time da Neoenergia Brasília recuperou 2,26 GWh em uma fábrica de gelo, localizada na BR- 060, Km 18, no Recanto das Emas. Esse montante, sozinho, abasteceria 11,3 mil casas por um mês e a fatura ficou próxima aos R$ 2 milhões.

 

*BALANÇO -* No primeiro ano de atuação no Distrito Federal, a Neoenergia Brasília recuperou mais de 205,20 Gigawatt-hora (GWh) – suficiente para abastecer todos os clientes residenciais (aproximadamente 950 mil) da capital federal durante um mês inteiro – em ações diárias, impactando positivamente também, na segurança da população e na qualidade do fornecimento de energia.

 

*DENÚNCIA -* Os desvios de energia prejudicam todos os clientes, já que promovem modificações inapropriadas na rede, trazendo riscos à vida, e parte do valor da energia furtada acaba sendo pago entre todos os consumidores. Por isso, a Neoenergia Brasília reforça a importância de denunciar fraudes. As denúncias são feitas na central de teleatendimento da distribuidora, por meio do telefone gratuito 116.

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A Neoenergia Brasília reforça que o furto de energia é crime sujeito às penalidades do artigo 155 do Código Penal Brasileiro. Além de acarretar prejuízos à população, a prática representa riscos de acidentes graves. Em caso de denúncias, os clientes podem entrar em contato com a concessionária.

 

*CLANDESTINOS -* Os novos clientes têm a energia regularizada por meio do programa Energia Cidadã. Alinhada ao programa Energia Legal do GDF, a distribuidora regularizou a energia para mais de 28 mil famílias no último ano, levando desenvolvimento econômico, social e mais dignidade para essa parcela da população. Com energia de qualidade, mais segurança e cidadania ainda terão acesso a inúmeros outros benefícios proporcionados pela distribuidora, como participação nos programas de Eficiência Energética, com campanhas de consumo consciente, doação de lâmpadas e geladeiras.

 

*SEGURANÇA -* A utilização de gambiarras para garantir o fornecimento de energia elétrica é contra a lei e extremamente perigoso. Esses tipos de intervenções na rede de distribuição, sem os devidos cuidados com o uso dos equipamentos de segurança, sem atender as normas do setor elétrico e sem a utilização de profissionais capacitados, podem ocasionar acidentes e incêndios, além de sobrecarga.

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