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O que dizem as entrelinhas do encontro de Caiado e Bolsonaro

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Em política nada acontece por acaso. Ambos fizeram questão da companhia um do outro no dia de ontem. E o momento não poderia ser mais oportuno | Foto: Governo de Goiás

Em política nada acontece por acaso. Ambos fizeram questão da companhia um do outro no dia de ontem. E o momento não poderia ser mais oportuno

Por: Felipe Cardoso

O ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL) esteve na capital goiana na última sexta-feira, 14. Durante sua passagem, o líder político se reuniu com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB). Eles almoçaram no Palácio das Esmeraldas, residência oficial do governador, ao lado de diversos outros ‘players’ amplamente conhecidos pela população goiana.

Em política, vale lembrar, nada acontece por acaso. Caiado, por sinal, adiou alguns compromissos para receber o ex-mandatário. No espectro da notícia invisível, ficou nítido o quanto ambos fizeram questão da companhia um do outro. E o momento não poderia ser mais oportuno.

Nos bastidores, o comentário é que ao mirar o bolsonarismo, o governador goiano se destaca como uma importante peça do tabuleiro político de 2026. Caiado sonha, todos sabem, em se tornar presidente da República — concorreu uma vez, precisamente no ano de 1989. Uma vez alicerçado pelo importante nome de Bolsonaro, ampliaria consideravelmente as condições de figurar como favorito.

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De volta, porém, ao “momento oportuno” citado anteriormente, fato é que Caiado e Bolsonaro nem sempre falaram a mesma língua. Entre altos e baixos, idas e vindas, hoje, coadunam sobre um tema importante — senão o mais importante — dos últimos meses: a reforma tributária. Assunto, por sinal, ainda em discussão no Congresso.

Tanto Bolsonaro quanto Caiado são contra o texto, ao menos como ele está. Nunca é demais lembrar que o governador goiano se destacou nacionalmente por mobilizar com unhas e dentes lideranças de todo o país em uma marcha rumo a Brasília em sinal de desaprovação à proposta.

Bolsonaro, na esteira, falou contrariamente ao texto em quase todas as oportunidades que teve de debater o assunto. E foi nesse contexto que o principal nome do bolsonarismo, o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos) ‘fugiu à regra’.

Em reunião recente das lideranças do PL, Tarcísio e o ex-presidente se desentenderam. Na ocasião, o governador paulista teve um discurso contrário ao de Bolsonaro e chegou a ser vaiado por parte dos presentes.

Em determinado momento, Bolsonaro chegou a interromper a fala do governador que pregava a ideia de que a direita não poderia perder a narrativa de ser favorável ao texto. Dois dias depois do descompasso inesperado, Tarcísio declarou não ser possível “concordar em tudo”, mas assegurou que continuaria “leal” ao ex-presidente.

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Nos bastidores, porém, a leitura é de que Bolsonaro estaria, desde então, ‘de orelha em pé’ em relação a Tarcísio. Sua vinda à Goiás e, claro, suas declarações à imprensa após o almoço no sentido de que está “99% alinhado” com o goiano foram recebidas como um claro recado ao governador paulista.

Para além dos pontos já destacados, corre também a informação de que o ex-presidente aprecia as posições claras do governo caiadista. Caiado não costuma ficar em cima do muro e provou isso não apenas no trato com a pandemia, quando experimentou o amargo gosto de romper com o governo, como quando decidiu por não apoiar Jair Bolsonaro no primeiro turno das eleições de 2022.

Caiado nutre, cada dia mais, seu projeto rumo à presidência em 2026. Se conseguir, por mais difícil que seja, concorrer como ‘o candidato’ do bolsonarismo, tende a vir forte. Se Tarcísio tem a mesma pretensão, é bom que trabalhe para recuperar o crédito perdido, por ora, com o ex-presidente.

Fonte: O Hoje.com

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Médicos da Maternidade Célia Câmara iniciam paralisação; Paço rebate

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Segundo a SMS, somente no mês de novembro, foram depositados para a fundação um total de R$ 8.330.236,52

Eduardo Pinheiro

Médicos que trabalham no Hospital e Maternidade Célia Câmara, em Goiânia, iniciaram na manhã desta quarta-feira (22), paralisação até a “contemplação integral das reivindicações” dos profissionais da unidades. Eles cobram o pagamento das remunerações do mês de setembro.

Médicos reforçam que paralisação atinge apenas atendimentos eletivos

O Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás (Simego) diz que os médicos paralisaram os atendimentos eletivos nesta manhã, aderindo à greve, portanto. Assim, os profissionais só realizam os atendimentos de urgência e emergência, com 100% da capacidade.

Prefeitura nega paralisação

A prefeitura, através da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS), diz que as maternidades municipais, geridas pela Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundach), “seguem oferecendo assistência humanizada e de qualidade aos pacientes, não há paralisação”.

“O repasse de recursos para a Fundach vem ocorrendo regularmente, conforme cronograma acordado com a instituição. A secretaria reforça que tem mantido diálogo constante com a diretoria da fundação e que a revisão dos contratos pactuados continua sendo realizada”, diz em nota.

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Mais Goiás procurou a Fundach e aguarda manifestação.

Crise das maternidades

Em setembro houve o auge da crise das maternidades em Goiânia. A Fundach, que gere três maternidades de Goiânia, restringiu atendimentos. A entidade alegou sucessivos atrasos em repasses por parte do Paço Municipal, o que deixou as unidades em situação crítica. Com a restrição, houve a suspensão dos procedimentos e serviços não emergenciais do Hospital e Maternidade Dona Íris, Maternidade Nascer Cidadão e Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara.

A Fundação apontou, na ocasião, que não houve o repasse previsto em convênio para os serviços, que somavam R$ 43.312.902,20. Já no final de setembro houve regularização dos atendimentos após repasse à Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (Fundahc/UFG), fundação sem fins lucrativos responsável pela gestão do Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC), do Hospital e Maternidade Dona Íris (HMDI) e da Maternidade Nascer Cidadão (MNC).
Fonte: Mais Goiás
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