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Ibaneis: lei de eleição para administradores é “risco à sociedade”

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Governador enviará novo projeto à CLDF. Para ele, norma publicada no Diário Oficial é inconstitucional e impede destituição de maus gestores

Igo Estrela/Metrópoles

IGO ESTRELA/METRÓPOLES

Isadora Teixeira

ISADORA TEIXEIRA

06/02/2019 18:34 . atualizado em 06/02/2019 21:57 6200

O governador Ibaneis Rocha (MDB) comentou, nesta quarta-feira (6/2), o projeto de lei da Câmara Legislativa (CLDF) que institui a eleição de administradores regionais. Para o emedebista, a proposta – que teve o veto do antecessor, Rodrigo Rollemberg (PSB), derrubado pela CLDF – representa um “risco à sociedade”. Ele argumenta que há dois problemas principais: o vício de iniciativa, uma vez que a matéria deveria ser originalmente do Executivo; e a preocupação de que, com mandatos, os maus administradores não poderiam ser exonerados.

“Eu entendo que aquele texto está sujeito à inconstitucionalidade por conta da origem. Estou com um projeto pronto, que se assemelha muito ao aprovado, e vou encaminhá-lo para a própria Câmara avaliar se não é melhor a gente fazer uma proposta dentro da constitucionalidade”, afirmou o governador. “Não sou contra [a proposta aprovada], mas acho que é um risco para a sociedade se manifestar diante de uma lei que certamente se chamada à avaliação do Poder Judiciário será declarada inconstitucional”, completou.PUBLICIDADE

O projeto aprovado na CLDF foi promulgado após a derrubada do veto e publicado no Diário Oficial do Distrito Federal dessa terça (5).

MAIS SOBRE O ASSUNTO

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Ibaneis acredita que os distritais têm condições de aprovar a nova redação “de forma bastante rápida”. “Não adianta a gente fazer um processo de nomeação nas administrações e depois o Ministério Público ingressar com ação de inconstitucionalidade que certamente vai ser julgada procedente em virtude do vício de iniciativa”, acrescentou o emedebista.

Diferenças da proposta original
Sobre o que muda no projeto do Executivo em relação ao do Legislativo, Ibaneis ressaltou serem poucas as diferenças. “São pequenos pontos, que acho que tornarão o processo mais legítimo.”O projeto que estamos encaminhando tira o caráter de ‘eleição’, de não poder trocar aquele administrador que está sendo mal avaliado. A gente cria instrumentos de avaliação. Se você der mandato aos administradores conforme está colocado nesse projeto, coloca em risco todo um trabalho da organização colocada na Constituição Federal e na Lei Orgânica: ambas dizem que no DF não pode haver municípios”Ibaneis Rocha, governador

Visita à Justiça Federal e crise no BRB
As declarações foram dadas em visita de Ibaneis Rocha à 10ª Vara da Justiça Federal, na Asa Norte. Na ocasião, ele estava acompanhado do novo presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa. Ambos se encontraram com o juiz federal Ricardo Augusto Soares Leite.

“Estivermos juntos, com o presidente do BRB, para dizer todas as medidas que tomamos dentro do banco, como contratação de auditorias, substituição de diretores, superintendentes e Conselho de Administração. Também colocamos à disposição tudo que for necessário para que a gente conclua [as investigações] no menor tempo possível, de forma a não abalar a credibilidade do BRB”, afirmou Ibaneis.

O governador se referia à crise instaurada após a deflagração da Operação Circus Maximus, do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF), que apuram suspeitas de fraudes cometidas pela diretoria do BRB durante a gestão Rodrigo Rollemberg.

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Ainda de acordo com o governador, a maior preocupação é evitar novos problemas envolvendo o banco. “As pessoas que passaram lá e fizeram coisas erradas devem responder, mas não a instituição. Queremos que isso caminhe da melhor forma possível. Estivemos com o juiz Ricardo, procuradores e com os delegados à frente da investigação. Nossa intenção não é só dar transparência para essa investigação, mas permitir que o banco tenha instrumentos para se proteger de possíveis fraudes”, disse o emedebista.

Colaborou Otto Valle

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Ronaldo Fonseca se filia ao PSD-DF

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Fotos: Ricardo Fonseca/PSD

Ex-ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência do governo Michel Temer, o ex-deputado federal Ronaldo Fonseca filiou-se ao PSD nesta terça-feira (23), em solenidade com a presença do presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab, e do presidente do partido no DF, Paulo Octávio. Outros nomes de relevo da legenda, como o líder do partido na Câmara, o deputado federal Antônio Brito (BA), também estiveram presentes ao ato de filiação.

Para Paulo Octávio, presidente da agremiação no DF, Fonseca trará experiência e credibilidade ao partido, por sua trajetória política como ministro e nos dois mandatos exercidos na Câma dos Deputados. “É um político que fará a diferença no PSd, por ser um quadro que agrega, que constrói. Ronaldo Fonseca é um homem de diálogo e de construção de pontes”, disse, antes de passar a palavra ao líder do PSD na Câmara, deputado federal Antônio Brito. “Eu quero que vocês ouçam um pouquinho esse homem, que realmente é um extraordinário correntino e com quem tenho aprendido muito”, completou.

Segundo Antônio Brito, que deixou a reunião do colégio de líderes que tratava do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) para participar da filiação de Ronaldo Fonseca, a união partidária é importantíssima, especialmente quando um novo nome de relevo se integra à agremiação. “A nossa unidade é feita a partir desta orientação do presidente Kassab. Somos um partido moderado, equilibrado e que dialoga com todos para que a gente possa desenvolver o Brasil”, destacou.

Líder do PSD na Câmara Legislativa, o deputado distrital Robério Negreiros também elogiou a filiação de Ronaldo Fonseca. “Somos um partido, como o próprio líder Brito falou, de centro, que dialoga. Acho que a população brasileira está cansada desses extremismos, tanto do lado da direita, do lado da esquerda. Mas somos centro não no sentido de não nos posicionarmos, muito pelo contrário”, disse.

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“É só seguirmos a trajetória que o Kassab vem traçando desde a fundação. O PSD é um partido que foi de Juscelino Kubitschek. Estou nele para somar e para ajudar. E quero parabenizar o presidente Paulo Octávio, que é uma pessoa de exemplo não só na política, como na questão empresarial. Seja bem-vindo, Ronaldo. Vamos fazer o PSD crescer mais e mais”, completou.

O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, definiu a filiação de Ronaldo Fonseca como um momento emblemático e que mostra que o PSD cresce em todos os lugares. “O mais importante é que o partido tem quadros de qualidade. Que as pessoas vejam o Brasil como o Ronaldo, filiado pelo Paulo Octávio, e com a renovação e a juventude, como o André Octávio Kubitschek”, definiu.

“Nós estamos muito felizes com o crescimento do partido. Aqui em Brasília, essa filiação do Ronaldo é um passo importante para consolidar o partido, para começar a sonhar com voos mais altos. E que você possa aqui contribuir conosco, e a gente possa contribuir com você. É a filiação de uma pessoa que foi um bom deputado, um bom ministro, é um importante líder religioso, um importante líder político e um profundo conhecedor de Brasília e do Brasil”, completou.

Homenageado da tarde, o ex-deputado Ronaldo Fonseca começou seus discurso destacando estar cercado de amigos. “Eu vou escolher um amigo e, em nome dele, vou cumprimentar cada um de vocês, que é o meu amigo Agnelo (Queiroz)”, disse, citando o ex-governador do DF, que estava presente à solenidade. “Quando tive mandato como deputado federal, fiz muitas coisas por Brasília, pois ele me dava condições para isso”, completou.

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Fonseca lembrou que o primeiro convite para integrar os quadros do PSD foi feito pelo próprio Gilberto Kassab, quando da crição do partido. “Brasília não tem eleição nesse momento, mas quero me colocar à disposição do partido para ajudar em nível nacional. Nós podemos ajudar muito agora, nessa campanha, para fazermos o maior número de prefeitos e vereadores, o que será a base para um partido mais forte em 2026”, completou.

“Eu quero agradecer o Robério (Negreiros), que está presente aqui, um amigo antigo, também o (Jorge) Vianna, que também é deputado distrital pelo PSD. Eu tive a oportunidade de presidir vários partidos, e eu estava sempre querendo ficar próximo do PSD. Hoje, o PSD está nas mãos de um grande amigo meu, o Paulo Octávio. E tudo isso construído também pela senadora Eliziane Gama, lá do Maranhão”, avaliou.

Por fim, Ronaldo Fonseca agradeceu ao presidente Gilberto Kassab. “Eu quero dizer ao Paulo (Octávio) e aos membros do PSD, que sou um político de massa, eu gosto de fazer movimentos, e nós precisamos fazer o PSD ser o maior partido do Brasil. Temos todas as condições, sob a liderança do Paulo Octávio, um homem de muita tranquilidade. Nós tornaremos o PSD, o maior partido de Brasília. Nós vamos eleger aqui, em 2026, no mínimo, três distritais, e vou, junto ao Paulo de Octávio, garantir aqui que aqui em Brasília não tenhamos só um deputado federal”, completou.

Fonte: Ascom PSD

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