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Gestora de quase R$ 1 trilhão em bens, SPU está há um mês sem comando

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O ex-secretário Sidrack Correia Neto foi exonerado após reportagem do Metrópoles revelar portarias suas contrárias aos interesses do governo

  • Ana Volpe / Agência Senado
ANA VOLPE / AGÊNCIA SENADO
Isabella Macedo

Foco de interesse do governo desde a posse de Jair Bolsonaro (PSL) na Presidência da República, o gerenciamento dos imóveis federais está sem comando oficial. A Secretaria do Patrimônio da União (SPU), controladora de propriedades estimadas em mais de R$ 940 bilhões, está há um mês sem titular. No meio tempo, assumiu interinamente o coronel Mauro Benedito de Santana Filho. Secretário adjunto nomeado há 10 dias, ele sequer aparece no site da própria secretaria.

A área interessa ao governo em função do projeto de vender os imóveis para capitalizar os cofres públicos. Logo após a primeira reunião entre os ministros, o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou à imprensa que a União tinha cerca de 700 mil imóveis próprios. A missão das pastas, explicou, era identificar quais propriedades eram ligadas a cada ministério para a venda ou o uso “racionalizado” dos bens.

Nessa mesma ocasião, Lorenzoni determinou um pente-fino nos funcionários comissionados dos ministérios. A meta era tirar pessoas ligadas ao PT do governo. Foi aí que o antigo secretário da SPU, Sidrack Correia Neto, entrou em cena. Apadrinhado político do ex-senador Romero Jucá (MDB-RR), em 10 de janeiro, ele contrariou o governo e fez uma portaria determinando que as vagas comissionadas deveriam ser “preferencialmente” preenchidas por servidores que já estivessem lotados na secretaria. O inverso do que foi determinado por Lorenzoni.

Metrópoles teve acesso ao conteúdo da carta e publicou uma reportagem com a denúncia no dia 12. No dia 16 de janeiro, Sidrack foi exonerado do cargo, e a portaria foi anulada pelo Ministério da Economia.

Bens
Segundo dados que constam no banco de dados da SPU, a União possui exatos 688.306 imóveis espalhados pelo país, que geraram arrecadação patrimonial acumulada de R$ 795,2 milhões em 2018. Um documento entregue pelo ex-ministro do Planejamento Esteves Colnago a Paulo Guedes, em dezembro do ano passado, registra que o valor total estimado dos imóveis chega a R$ 947 bilhões.

É o segundo maior ativo da União, perdendo apenas para o valor estimado do petróleo do pré-sal. Um estudo realizado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) em 2015 estimava que a bacia do pré-sal tinha, pelo menos, 176 bilhões de barris de recursos não descobertos e recuperáveis de petróleo e gás. O valor do barril do petróleo fechou a US$ 66,31 nessa sexta (14/2).

Em um seminário realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em 2010, um especialista da Federação Brasileira de Associações de Engenheiros (Febrae) e da Comissão Nacional de Engenharia Nuclear (Cnen) estimou o lucro do pré-sal em US$ 10 trilhões para o país, em valores da época.

Consultada, a Petrobras informou que não divulga o valor estimado do pré-sal pelo qual é responsável e que não tem o valor total estimado como um todo. A reportagem consultou, também, o Ipea e a Agência Nacional do Petróleo (ANP). A ANP disse que não fez o cálculo, e o Ipea afirmou não ter uma projeção. O Cnen não respondeu aos questionamentos até a última atualização desta reportagem.

Sem comando
Apesar de ter sido exonerado há um mês, a foto e o currículo de Sidrack ainda constam na página institucional da Secretaria, que está sob o comando do secretário adjunto Mauro Benedito de Santana Filho. Ele foi nomeado no dia 6 de fevereiro, 20 dias após a exoneração do antigo titular da pasta.

O nome, o currículo e a agenda de Mauro Benedito, que é tenente-coronel da reserva do Exército Brasileiro, não estavam disponíveis até a tarde dessa sexta-feira (15/2) na página da SPU. Segundo a assessoria de imprensa do Ministério da Economia, os sites do ministério e das secretarias vinculadas à pasta estão sob processo de reformulação, e por isso as informações ainda não estão no ar. Santana Filho permanecerá no cargo até a nomeação de um novo secretário, mas não há prazo ou previsão para que o titular seja escolhido

“Melancia”
Além de Romero Jucá, o senador pelo Distrito Federal Hélio José (Pros) também tinha uma série de indicados políticos na SPU. Em uma gravação que se tornou icônica pelo teor, Hélio disse que nomearia até uma “melancia” na repartição.

“Isso aqui [a SPU] é nosso. Isso aqui eu ponho quem eu quiser. A melancia que eu quiser colocar”, afirmou o senador do DF. O áudio, divulgado em agosto de 2016, pegou mal no governo do então presidente, Michel Temer (MDB), e Hélio José foi perdendo influência no local. Pouco tempo depois, em novembro do mesmo ano, Sidrack assumiu o comando da secretaria consolidando o poder de Jucá.

Em dezembro de 2018, após a vitória de Bolsonaro nas urnas, foi anunciado que o indicado do ex-senador seria mantido no cargo. Hoje ele já se não encontra mais na secretaria.

Fonte: Metropolis

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ENERGIA RECUPERADA EM TRÊS MESES É SUFICIENTE PARA ABASTECER 140 MIL CASAS POR 30 DIAS

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Neoenergia Brasília realiza mais de 35 mil ações de recuperação de energia em todo o Distrito Federal. Parte do valor da energia furtada é pago por todos os consumidores

 

Brasília, 14 de junho de 2022 –* O combate a perdas de energia é uma prioridade para a Neoenergia Brasília. Só nos três primeiros meses do ano, a distribuidora recuperou 28 milhões de kWh, o suficiente para abastecer 140 mil residências por 30 dias. Para se chegar a essa marca, foram realizadas mais de 35 mil ações de prevenção e combate aos desvios de energia, como regularização de clientes clandestinos (4,3 mil), fiscalização (23 mil) e substituição de medidores (7,7 mil), além do uso de tecnologia para se evitar fraudes, como a instalação de sensores na rede e a manutenção da telemedição nos maiores consumidores.

 

É importante ressaltar que, somente com 1.940 ações realizadas nas classes comercial e industrial, neste período, a distribuidora recuperou 64% do montante recuperado em todas as classes no período. Com 18 milhões de kWh recuperados, é possível abastecer 90 mil residências por 30 dias.

 

“Esse trabalho é fruto de ações de inteligência, associadas a operações estratégicas de campo e com a colaboração de todas as áreas da empresa”, explica Gustavo Alvares, diretor- superintendente de Relacionamento com o Cliente da Neoenergia Brasília. “Aumentaremos o ritmo de inspeções nos próximos meses e reforçaremos a ideia de que o furto de energia não compensa. As empresas devem procurar a Neoenergia para regularizar seus débitos e adequar as ligações de suas unidades”, finaliza.

 

De todas as ações, um caso emblemático chamou a atenção. No último mês de fevereiro, o time da Neoenergia Brasília recuperou 2,26 GWh em uma fábrica de gelo, localizada na BR- 060, Km 18, no Recanto das Emas. Esse montante, sozinho, abasteceria 11,3 mil casas por um mês e a fatura ficou próxima aos R$ 2 milhões.

 

*BALANÇO -* No primeiro ano de atuação no Distrito Federal, a Neoenergia Brasília recuperou mais de 205,20 Gigawatt-hora (GWh) – suficiente para abastecer todos os clientes residenciais (aproximadamente 950 mil) da capital federal durante um mês inteiro – em ações diárias, impactando positivamente também, na segurança da população e na qualidade do fornecimento de energia.

 

*DENÚNCIA -* Os desvios de energia prejudicam todos os clientes, já que promovem modificações inapropriadas na rede, trazendo riscos à vida, e parte do valor da energia furtada acaba sendo pago entre todos os consumidores. Por isso, a Neoenergia Brasília reforça a importância de denunciar fraudes. As denúncias são feitas na central de teleatendimento da distribuidora, por meio do telefone gratuito 116.

A Neoenergia Brasília reforça que o furto de energia é crime sujeito às penalidades do artigo 155 do Código Penal Brasileiro. Além de acarretar prejuízos à população, a prática representa riscos de acidentes graves. Em caso de denúncias, os clientes podem entrar em contato com a concessionária.

 

*CLANDESTINOS -* Os novos clientes têm a energia regularizada por meio do programa Energia Cidadã. Alinhada ao programa Energia Legal do GDF, a distribuidora regularizou a energia para mais de 28 mil famílias no último ano, levando desenvolvimento econômico, social e mais dignidade para essa parcela da população. Com energia de qualidade, mais segurança e cidadania ainda terão acesso a inúmeros outros benefícios proporcionados pela distribuidora, como participação nos programas de Eficiência Energética, com campanhas de consumo consciente, doação de lâmpadas e geladeiras.

 

*SEGURANÇA -* A utilização de gambiarras para garantir o fornecimento de energia elétrica é contra a lei e extremamente perigoso. Esses tipos de intervenções na rede de distribuição, sem os devidos cuidados com o uso dos equipamentos de segurança, sem atender as normas do setor elétrico e sem a utilização de profissionais capacitados, podem ocasionar acidentes e incêndios, além de sobrecarga.

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