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Homens trans também precisam monitorar câncer de mama
Apesar de ser menos incidente do que em mulheres cis, o risco não é inexistente
Muito comum entre as mulheres adultas, o câncer de mama ainda apresenta uma taxa de mortalidade muito grande e uma preocupação maior ainda. Entretanto, ainda é pouco explorado como essa neoplasia afeta a população de homens transgêneros depois da transição.
Estudos indicam que o câncer de mama nesses homens pode ocorrer em uma idade mais jovem e, frequentemente, é receptor hormonal positivo de estrogênio e/ou progesterona. De acordo com Dr. Henrique Alkalay Helber, oncologista do Hcor, os homens transgêneros que recebem terapia hormonal com testosterona têm menos chance de desenvolver câncer de mama do que as mulheres cisgênero, mas mais do que os homens cisgênero.
“A incidência de câncer de mama em homens trans apresenta um risco reduzido após a mastectomia afirmativa de gênero, embora não seja eliminado completamente. A literatura sugere que, apesar da cirurgia, o tecido mamário residual pode ainda representar uma ameaça para o desenvolvimento da doença. Portanto, recomenda-se que os homens transgêneros continuem a ser monitorados para o câncer de mama, embora as diretrizes específicas de rastreamento ainda não estejam bem definidas”, explica.
Ainda assim, o especialista reforça que o rastreamento do câncer de mama deve ser individualizado, considerando a anatomia individual e remanescente, idade, uso de terapia hormonal, histórico médico e fatores de risco específicos, com atenção especial para aqueles que não realizaram mastectomia. “Mesmo que o risco de desenvolver câncer de mama seja menor do que em mulheres cis, ele não é inexistente.”
O tratamento é diferente?
A abordagem terapêutica geralmente segue princípios semelhantes aos aplicados em mulheres cisgênero, mas deve ser individualizada, levando em consideração tanto os aspectos oncológicos quanto as necessidades de afirmação de gênero. A mastectomia é regularmente realizada, mas se for feita somente para afirmação de gênero, pode não ser suficiente para o controle da neoplasia.
“A terapia endócrina, como tamoxifeno ou inibidores da aromatase (IA), é recomendada para casos em que o tumor se desenvolve por ser receptor hormonal positivo, mas também pode ser utilizada quimio e radioterapia de acordo com as características da doença. Não podemos esquecer do monitoramento contínuo e das considerações psicológicas. As pessoas que passam por transição de gênero precisam de um acompanhamento multidisciplinar para garantir que tanto os aspectos médicos quanto os de afirmação de gênero sejam adequadamente abordados”, pontua Dr. Henrique.
A terapia de reposição hormonal não é uma vilã. Quando administrada com cautela e com respeito ao corpo do paciente, ela pode ser benéfica. Entretanto, jamais pode ser utilizada por conta própria e toda a transição deve ser acompanhada.
Sobre o Hcor
O Hcor atua em mais de 50 especialidades médicas, entre elas Cardiologia, Oncologia, Neurologia e Ortopedia, além de oferecer um centro próprio de Medicina Diagnóstica. Possui Acreditação pela Joint Commission International (JCI) e diversas certificações nacionais e internacionais. Desde 2008, é parceiro do Ministério da Saúde no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), o que proporciona que seu impacto em saúde esteja presente em todas as regiões do país.
Instituição filantrópica, o Hcor iniciou suas atividades em 1976, tendo como mantenedora a centenária Associação Beneficente Síria, que também conduz projetos gratuitos de saúde para população em situação de vulnerabilidade. Além do escopo médico-assistencial, o hospital conta com um Instituto de Pesquisa, reconhecido internacionalmente, que coordena estudos clínicos multicêntricos com publicações nos mais conceituados periódicos científicos. Conjuntamente, capacita milhares de profissionais anualmente por meio do Hcor Academy com seus cursos de pós-graduação, cursos de atualização e programas de residência e aprimoramento médico.
Mais informações para a imprensa
Ariane Salles – [email protected] (11 98014-6226)
Andressa Aricieri – andressa.aricieri@fleishman.
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Dezembro Vermelho: entenda por que o sexo seguro ainda deve ser priorizado
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Relação sexual desprotegida é a causa principal de ISTs. Novos casos de HIV se concentram entre jovens de 15 a 24 anos.
Nos últimos anos, as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) apresentaram aumento substancial em diversas regiões do mundo, inclusive no Brasil. Além de enfatizar ações contínuas de prevenção e tratamento, a campanha Dezembro Vermelho contribui para a luta contra o estigma e a discriminação associados às ISTs, em particular ao HIV. Diante do aumento de casos, sobretudo entre os jovens, Alexandre Cunha, infectologista e consultor médico do Sabin Diagnóstico e Saúde, reforça a importância de se prevenir e cuidar da saúde sexual, com atenção ao sexo seguro.
“O sexo seguro, principalmente através do uso de preservativos, é crucial para a prevenção das ISTs. Apesar dos avanços em tratamentos e profilaxias, como a PrEP para o HIV, a camisinha continua sendo a forma mais acessível e eficaz de evitar a transmissão de infecções”, destaca Cunha. O especialista acrescenta que a prática do sexo seguro contribui para reduzir estigmas das ISTs, possibilitando uma abordagem mais saudável e responsável da sexualidade.
Causadas por mais de 30 vírus ou bactérias, essas infecções são transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual, podendo ocorrer transmissão da mãe para o bebê durante a gestação, parto ou amamentação. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as ISTs mais comuns são a tricomoníase, clamídia, gonorreia e sífilis. Todas são tratáveis e curáveis, se o diagnóstico for precoce e o paciente tiver boa adesão ao tratamento. O HIV continua sendo a maior ameaça: não tem cura e requer a utilização de medicamentos para controle da carga viral.
“As ISTs causam impacto sério na saúde, podendo evoluir de forma grave e gerar sequelas quando não diagnosticadas e tratadas precocemente. Grande parte delas não apresenta sintomas facilmente percebidos, o que pode atrasar o diagnóstico e o tratamento”, revela. Como a prevenção continua sendo a melhor abordagem na luta contra as Infecções Sexualmente Transmissíveis, é preciso adotar medidas preventivas para reduzir o risco de transmissão dessas infecções.
Confira dicas práticas para se prevenir das ISTs:
Preservativos: o uso correto e consistente do preservativo (masculino ou feminino) em todas as relações sexuais é uma das formas mais eficazes de proteção.
Testagem regular: realizar testes regularmente para ISTs, sobretudo após relações sexuais desprotegidas, exposição de risco ou múltiplos parceiros.
Imunização: vacinar contra aquelas ISTs disponíveis, como HPV e hepatite B, é considerada outra medida relevante de prevenção.
Educação: compartilhar informações sobre contágio, risco, atendimento em saúde e ações preventivas ajuda na conscientização e proteção de todos.
Tratamento: tratamento adequado e imediato das ISTs para evitar complicações e transmissão a outras pessoas.
Exames para detecção de ISTs
O primeiro passo para o diagnóstico é o exame clínico realizado pelo médico, no qual são avaliados os sinais físicos, os sintomas e o histórico do paciente. Exames complementares são necessários para chegar a um diagnóstico conclusivo, compreendendo exames laboratoriais por meio de amostras de sangue, urina, secreções ou biópsias. Com o avanço da tecnologia, sobretudo na área molecular, é possível detectar agentes causadores de ISTs por meio de painéis moleculares, com maior sensibilidade em comparação a metodologias tradicionais.
Para incentivar a testagem e promover o acesso de mais pessoas aos cuidados com a saúde, o Sabin promove a campanha “Melhor que prever é prevenir”. Até o final de dezembro, são oferecidos pacotes promocionais de exames para o diagnóstico das principais ISTs, como HIV, sífilis e hepatite, além da vacina contra o HPV com descontos especiais.
Situação epidemiológica das ISTs
De acordo com o Ministério da Saúde, em 2022 foram notificados mais de 40 mil novos casos de HIV no país, com aumento de 17% em relação a 2020. Os casos se concentram, sobretudo, em jovens de 15 a 24 anos. Além do HIV, outras ISTs, como sífilis, gonorreia e clamídia, têm demonstrado crescimento preocupante. A OMS estima que mais de 1 milhão de ISTs curáveis e não virais ocorrem diariamente no mundo em pessoas com idade entre 15 e 49 anos.
Sobre o Grupo Sabin
Com 40 anos de atuação, o Grupo Sabin é referência em saúde, destaque na gestão de pessoas e liderança feminina, dedicado às melhores práticas sustentáveis e atuante nas comunidades. O Grupo Sabin nasceu em Brasília (DF), fruto da coragem e determinação de duas empreendedoras, Janete Vaz e Sandra Soares Costa, em 1984. Hoje conta com 7.000 colaboradores unidos pelo propósito de inspirar pessoas a cuidar de pessoas. O grupo também está presente em 14 estados e no Distrito Federal oferecendo serviços de saúde com excelência, inovação e responsabilidade socioambiental às 78 cidades em que está presente com 358 unidades distribuídas de norte a sul do país.
O ecossistema de saúde do Grupo Sabin integra portfólio de negócios que contempla análises clínicas, diagnósticos por imagem, anatomia patológica, genômica, imunização e check-up executivo. Além disso, contempla também serviços de atenção primária contribuindo para a gestão de saúde de grupos populacionais por meio de programas e linhas de cuidados coordenados, pela Amparo Saúde e plataforma integradora de serviços de saúde – Rita Saúde - solução digital que conta com diversos parceiros como farmácias, médicos e outros profissionais, promovendo acesso à saúde com qualidade e eficiência.
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