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Licitação para drenagem e asfalto de R$ 48 mi é investigada pelo MPDFT

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Ministério Público recebeu denúncia anônima e instaurou notícia de fato. GDF nega qualquer ilegalidade no processo licitatório

Rafaela Felicciano/MetrópolesRAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) investiga denúncia sobre supostas irregularidades na concorrência pública para obras de drenagem pluvial, pavimentação asfáltica, urbanização e mobilidade urbana em Ceilândia, com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A licitação nacional nº 1/2018 resultou no contrato fechado em dezembro do ano passado com o Consórcio ADE Ceilândia por R$ 48.091.750,59.

A Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep) instaurou uma notícia de fato após receber comunicação anônima em 10 de abril de 2019. Existem, segundo a denúncia, indícios substanciais de adulteração de documento apresentado pelo vencedor, afronta ao princípio da transparência e violação aos direitos dos outros licitantes. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico negou qualquer ato ilícito no processo.

MPDFT encaminhou ofício à pasta, cujas informações sobre os fatos descritos na representação chegaram à Prodep em 24 de junho de 2019. “Ainda estão sob análise, de forma que ainda não houve formação de convencimento acerca de eventuais irregularidades”, explicou o Ministério Público, em nota.

O denunciante delatou que o consórcio formado pelas empresas GW/Conterc/Basevi apresentou, como forma de garantia, uma carta fiança no início da licitação, mas no processo administrativo constam documentos emitidos por uma outra empresa. “Nenhum dos documentos constantes da proposta apensada ao processo correspondem à carta fiança indicada na ata da abertura das propostas”, descreveu.

Os atos de adjudicação e homologação do consórcio foram oficializados por meio de despacho, conforme a denúncia. “Assim, os licitantes não tiveram ciência dos resultados da avaliação ou do julgamento das propostas e, consequentemente, não houve abertura de prazo para interposição de recursos”, acusou. A peça também levanta possibilidade de prejuízo ao erário, pois a proposta do consórcio vencedor não seria a mais vantajosa.

O contrato prevê execução de obras de complementação da urbanização e mobilidade urbana da Área de Desenvolvimento Econômico (ADE) Setor de Materiais de Construção de Ceilândia, além de pavimentação asfáltica, rede de drenagem de águas pluviais, complementação da urbanização e mobilidade urbana da ADE Setor de Indústria, localizado na mesma região.

Até agora, foram executados 17,10% das obras contratadas, de acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, e pagos em torno de 13% do total, ou seja, aproximadamente R$ 6 milhões. Os serviços realizados correspondem a 7.412 metros do total previsto de 9.743,85 metros de redes tubulares de drenagem pluvial, e 7.127,66 m² de terraplenagem para a pavimentação de vias e ciclovias dos 143.785,79 m² que devem ser feitos.

O prazo contratualmente previsto é de 270 dias para a execução das obras, com a data de conclusão prevista para 10 de setembro de 2019. O Governo do Distrito Federal (GDF), entretanto, quer adiar a entrega. “Estamos prevendo um possível aditivo de prazo devido às chuvas atípicas desse início de ano, que atrasaram o andamento das obras, bem como o atraso superior a 30 dias ocorrido para a nomeação do fiscal pela Novacap.”

Legalidade

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico classificou como falsa e rechaçou a denúncia apurada pelo MPDFT. “A lisura do processo está sendo devidamente constatada pelos órgãos de controle com competência para tal. Não houve qualquer ato ilícito durante o processo de licitação. O que existe é uma tentativa caluniosa e leviana de comprometer o trabalho executado por esta secretaria, criando falácias”, afirmou.

De acordo com a pasta, foi exigido no edital que as propostas fossem entregues em duas vias a fim de realizar “dupla verificação da conformidade”. A secretaria ainda negou qualquer dano ao erário e explicou por que a segunda colocada acabou vencedora da licitação. “A proposta de menor valor foi apresentada por consórcio que tinha, na sua formação, uma empresa inidônea, desde 26 de março de 2018, para contratar com a administração pública, conforme constata-se no portal de transparência do Governo Federal.”

“O valor do contrato terminou ficando menor do que o estimado inicialmente pela a administração pública para a esta licitação”, ressaltou. O aviso de prorrogação da licitação nº 01/2018, publicado no Diário Oficial da União (DOU) em 30 de julho de 2018, previa R$ 69.152.007,72 para a contratação, valor que findou em R$ 48.091.750,59, conforme dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

A pasta confirmou que foi procurada pelo MPDFT e que encaminhou todas as informações solicitadas. Contudo informou optar por não divulgar os documentos trocados entre os órgãos até a conclusão do processo, pois trata-se de uma denúncia sob apuração.

Fonte: Metropoles

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ENERGIA RECUPERADA EM TRÊS MESES É SUFICIENTE PARA ABASTECER 140 MIL CASAS POR 30 DIAS

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Neoenergia Brasília realiza mais de 35 mil ações de recuperação de energia em todo o Distrito Federal. Parte do valor da energia furtada é pago por todos os consumidores

 

Brasília, 14 de junho de 2022 –* O combate a perdas de energia é uma prioridade para a Neoenergia Brasília. Só nos três primeiros meses do ano, a distribuidora recuperou 28 milhões de kWh, o suficiente para abastecer 140 mil residências por 30 dias. Para se chegar a essa marca, foram realizadas mais de 35 mil ações de prevenção e combate aos desvios de energia, como regularização de clientes clandestinos (4,3 mil), fiscalização (23 mil) e substituição de medidores (7,7 mil), além do uso de tecnologia para se evitar fraudes, como a instalação de sensores na rede e a manutenção da telemedição nos maiores consumidores.

 

É importante ressaltar que, somente com 1.940 ações realizadas nas classes comercial e industrial, neste período, a distribuidora recuperou 64% do montante recuperado em todas as classes no período. Com 18 milhões de kWh recuperados, é possível abastecer 90 mil residências por 30 dias.

 

“Esse trabalho é fruto de ações de inteligência, associadas a operações estratégicas de campo e com a colaboração de todas as áreas da empresa”, explica Gustavo Alvares, diretor- superintendente de Relacionamento com o Cliente da Neoenergia Brasília. “Aumentaremos o ritmo de inspeções nos próximos meses e reforçaremos a ideia de que o furto de energia não compensa. As empresas devem procurar a Neoenergia para regularizar seus débitos e adequar as ligações de suas unidades”, finaliza.

 

De todas as ações, um caso emblemático chamou a atenção. No último mês de fevereiro, o time da Neoenergia Brasília recuperou 2,26 GWh em uma fábrica de gelo, localizada na BR- 060, Km 18, no Recanto das Emas. Esse montante, sozinho, abasteceria 11,3 mil casas por um mês e a fatura ficou próxima aos R$ 2 milhões.

 

*BALANÇO -* No primeiro ano de atuação no Distrito Federal, a Neoenergia Brasília recuperou mais de 205,20 Gigawatt-hora (GWh) – suficiente para abastecer todos os clientes residenciais (aproximadamente 950 mil) da capital federal durante um mês inteiro – em ações diárias, impactando positivamente também, na segurança da população e na qualidade do fornecimento de energia.

 

*DENÚNCIA -* Os desvios de energia prejudicam todos os clientes, já que promovem modificações inapropriadas na rede, trazendo riscos à vida, e parte do valor da energia furtada acaba sendo pago entre todos os consumidores. Por isso, a Neoenergia Brasília reforça a importância de denunciar fraudes. As denúncias são feitas na central de teleatendimento da distribuidora, por meio do telefone gratuito 116.

A Neoenergia Brasília reforça que o furto de energia é crime sujeito às penalidades do artigo 155 do Código Penal Brasileiro. Além de acarretar prejuízos à população, a prática representa riscos de acidentes graves. Em caso de denúncias, os clientes podem entrar em contato com a concessionária.

 

*CLANDESTINOS -* Os novos clientes têm a energia regularizada por meio do programa Energia Cidadã. Alinhada ao programa Energia Legal do GDF, a distribuidora regularizou a energia para mais de 28 mil famílias no último ano, levando desenvolvimento econômico, social e mais dignidade para essa parcela da população. Com energia de qualidade, mais segurança e cidadania ainda terão acesso a inúmeros outros benefícios proporcionados pela distribuidora, como participação nos programas de Eficiência Energética, com campanhas de consumo consciente, doação de lâmpadas e geladeiras.

 

*SEGURANÇA -* A utilização de gambiarras para garantir o fornecimento de energia elétrica é contra a lei e extremamente perigoso. Esses tipos de intervenções na rede de distribuição, sem os devidos cuidados com o uso dos equipamentos de segurança, sem atender as normas do setor elétrico e sem a utilização de profissionais capacitados, podem ocasionar acidentes e incêndios, além de sobrecarga.

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