Pesquisar

BRASÍLIA

Paranoá recebe edição da Cidade da Segurança Pública

Publicados

em

Iniciativa prevê reforço no policiamento, redução dos índices de criminalidade e a prestação de serviços à comunidade

AGÊNCIA BRASÍLIA* | EDIÇÃO: ROSUALDO RODRIGUES

Integrante do programa DF Mais Seguro, o projeto Cidade da Segurança Pública (CSP) chega ao Paranoá com foco em duas frentes: redução dos índices criminais, por meio de intensificação de policiamento, e ações de prevenção à criminalidade, com cursos, palestras e serviços.

As ações de policiamento começaram no dia 25 de outubro e seguirão reforçadas até domingo (14), tanto no Paranoá como no Itapoã, região vizinha | Fotos: Ascom/SSP-DF

O lançamento está previsto para as 11h desta quarta-feira (10), na estrutura que funcionará na Praça Central da região, próximo à Administração Regional do Paranoá, com diversas atrações. O encerramento será no sábado (13).

“Esse formato itinerante e pontual nos permite realizar o projeto em um maior número de cidades, independentemente de outras ações de segurança pública”Júlio Danilo, secretário de Segurança Pública

A aproximação com a população e o aumento da sensação de segurança também fazem parte do objetivo da CSP, que reúne as forças de segurança – polícias Militar (PMDF) e Civil (PCDF), Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) e Departamento de Trânsito (Detran-DF) –, secretarias da Mulher (SM) e de Administração Penitenciária (Seape), Banco de Brasília (BRB), Neoenergia BSB e Serviço de Limpeza Urbana (SLU), entre outros parceiros.

“Esse formato itinerante e pontual, ou seja, atuando por um curto período, nos permite realizar o projeto em um maior número de cidades, independentemente de outras ações de segurança pública. Esta é a quarta região a receber a CSP, um projeto que atende a determinação do governador Ibaneis de um governo horizontal e próximo da população”, explica o titular da Secretaria de Segurança Pública, Júlio Danilo.

“A cada edição, esperamos melhorar os indicadores criminais e, consequentemente, a qualidade de vida da população. Os resultados têm sido realmente efetivos, como ocorreu no Gama, última região a receber a ação. Nos quatro dias de CSP, não houve registro de crimes com resultado morte, como homicídio, feminicídio e latrocínio, ou mesmo tentativas. Registramos, ainda, redução de 51% na criminalidade geral no período”, completa.

“Nossa região cresceu nos últimos anos. (…) É natural que, com esse crescimento, os índices criminais também aumentem. Esse evento ocorre em momento oportuno”Sérgio Damaceno, administrador regional do Paranoá

O reforço no policiamento seguirá até domingo (14), tanto no Paranoá como no Itapoã, região vizinha. Os serviços, como emissão de carteira de identidade e orientações de atendimentos realizados pelo Detran, serão oferecidos das 9h às 14h, de quarta (10) até sábado (13).

“De forma mais próxima, poderemos entender melhor as necessidades e demandas dos moradores. O local para oferta dos serviços foi escolhido com base em critérios estratégicos, como facilidade de acesso e maior circulação de pessoas. Realizamos mais de 3 mil atendimentos do tipo no Gama ”, detalha o secretário.

Escolha da região

Os critérios para realização da CSP dependem da estrutura das forças de segurança locais, levantamentos e análises criminais feitas pelos setores de estatística e inteligência. O mapeamento de desordens também é determinante para escolha da região, pois são situações que podem influir diretamente na sensação de segurança da população local. O relatório é produzido pela Unidade de Políticas Públicas da SSP-DF.

De acordo com o secretário Júlio Danilo, o local para oferta dos serviços foi escolhido com base em critérios estratégicos, como facilidade de acesso e maior circulação de pessoas

Durante as visitas prévias à região, são priorizadas a confirmação de desordens identificadas anteriormente e o mapeamento de novas demandas. Dessa forma, durante a edição da CSP, haverá recolhimento de carcaças de veículos abandonados, recuperação de sinalização horizontal e vertical das avenidas, recuperação de paradas de ônibus e poda de árvores, entre outras ações.

“(A Quinto Mandamento) é uma operação que evidencia a presença policial e, de fato, inibe a prática criminosa”Milton Neves, secretário executivo de Segurança Pública

Para o administrador regional do Paranoá, Sérgio Damaceno, a CSP vem em bom momento, “pois nossa região cresceu nos últimos anos e temos, ainda, o Paranoá Parque, que pode ser considerada outra cidade.” Além disso,  ele ressalta, “somos a segunda maior região rural do DF e a primeira em número de comunidades rurais.”

“É natural que, com esse crescimento, os índices criminais também aumentem. Portanto, esse evento ocorre em momento oportuno, de forma integrada com vários órgãos, sob a coordenação da SSP-DF”, acrescenta Sérgio Damaceno.

Quinto Mandamento

Até sábado (13), estão previstas operações diárias de combate à criminalidade. Na sexta-feira (12), haverá uma edição especial da Operação Quinto Mandamento, que seguirá nas duas regiões — Paranoá e Itapoã — até domingo (14).

Serviços como emissão de carteira de identidade e orientações para atendimentos realizados pelo Detran, serão oferecidos das 9h às 14h, até sábado (13)

“Esta é uma operação que evidencia a presença policial e, de fato, inibe a prática criminosa. As abordagens, tanto pessoais como de veículos, são extremamente necessárias, pois complementam a atuação policial e possibilitam que seja possível retirar das ruas pessoas com pendências judiciais e fazer apreensão de drogas e armas”, explica o secretário executivo de Segurança Pública, Milton Neves.

De acordo com Neves, a Quinto Mandamento fez parte das edições anteriores da CSP em Planaltina, Samambaia e Gama. “Esta é uma operação que ocorre desde julho de 2020, todo fim de semana e em diferentes regiões administrativas, de sexta a domingo. Na CSP, ela é realizada na mesma região durante todo o final de semana”, ressalta.

Carcaças

Na quinta-feira (11), será realizada a operação DF Livre das Carcaças. “Não é a primeira vez que atuamos na região”, lembra o coordenador dos Conselhos de Segurança (Consegs) da SSP, Marcelo Batista. Desde que a ação foi iniciada, em fevereiro de 2020, já foram retirados 40 carros abandonados das ruas da cidade.

“Vamos atuar baseados em manchas criminais, a partir de levantamento da SSP-DF e setor de inteligência da corporação, com foco na apreensão de drogas, prisão de foragidos da Justiça e policiamento comunitário”Coronel Naime, chefe do DOP da PMDF

O mapeamento dos veículos foi realizado pelo Conselho de Segurança do Paranoá. “Contamos com o apoio irrestrito dos Consegs sempre que realizamos a operação”, relata Marcelo Batista.

Aproximação da linha de frente

Além da aproximação com a população, o objetivo da Cidade da Segurança é criar um canal direto de interlocução com os servidores das forças de segurança locais. O secretário de Segurança, chefes das forças de segurança e demais gestores da SSP-DF visitarão batalhões e delegacias na cidade durante os dias de realização da CSP.

“Esta é uma forma de nos aproximarmos dos profissionais que estão na linha de frente, que lidam diretamente com o público e com a criminalidade e, com isso, receber mais diretamente as demandas de cada um, entender os gargalos e colocar nossas políticas e direcionamentos sobre o DF Mais Seguro, programa estruturante da Segurança Pública até o próximo ano, à disposição”, ressalta o secretário.

Trânsito e reforço no policiamento

As ações de trânsito serão intensificadas, com ação conjunta do Detran, DER, batalhões de trânsito da PMDF e Polícia Rodoviária Federal (PRF).

As ações de policiamento começaram no dia 25 de outubro. A Polícia Civil reforçará o efetivo da delegacia local, a 6ª Delegacia de Polícia “Vamos intensificar também o cumprimento de mandados em toda a região e atuar em ações integradas com as demais forças de segurança”, explica o delegado titular da 6ª DP, Ricardo Vianna.

Além do policiamento que será reforçado pelo 20º Batalhão da PMDF, responsável pela área do Paranoá e Itapoã, o Departamento Operacional (DOP), da PMDF, empregará tropas especializadas, como os batalhões de Policiamento com Cães (BPCães), de Aviação (Bavop), de Operações Especiais (Bope), Comando de Policiamento de Trânsito (CPTran), Rondas Ostensivas Táticas Motorizadas (Rotam), Patrulhamento Tático Móvel (Patamo) e Regimento de Polícia Montada (RPMon).

“Vamos atuar baseados em manchas criminais, a partir de levantamento da SSP-DF e setor de inteligência da corporação, com foco na apreensão de drogas e prisão de foragidos da Justiça e policiamento comunitário, para maior integração com a população”, destaca o chefe do DOP da PMDF, coronel Naime.

Fiscalização de sentenciados

A Seape vai intensificar a fiscalização de imposições penais de sentenciados, como aqueles que cumprem regime aberto, prisão domiciliar ou livramento condicional, ou regime semiaberto beneficiado com trabalho externo.

Os beneficiados com saídas quinzenais ou temporárias que residam ou trabalhem na região administrativa também serão fiscalizados pelos policiais penais. Além disso, o Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (Cime) vai intensificar o monitoramento na região. As viaturas farão a ronda diuturnamente, de forma preventiva.

*Com informações da Secretaria de Segurança Pública do DF

Fonte: Agência Brasilia

BRASÍLIA

No Fórum Lide Brasil, Ibaneis Rocha ataca proposta de corte no reajuste do FCDF

Publicados

em

Por

No Fórum Lide Brasil, Ibaneis Rocha ataca proposta de corte no reajuste do FCDF

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, voltou a criticar o governo federal durante o Fórum Brasil | Transição Energética, realizado pelo Lide Brasil e Lide Brasília, no Brasília Palace Hotel. Com o tema “Transição energética e desenvolvimento urbano”, o evento reuniu políticos e empresários na manhã desta quarta-feira (4).

Retomando as críticas feitas na terça-feira (3), durante a 4ª Reunião de Governança Codese-GDF, Ibaneis Rocha preferiu abordar a possibilidade de redução no Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), no bojo do pacote de cortes nos gastos, anunciado semana passada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

“Saiu da cabeça de alguém pouco iluminado do governo federal a ideia de atrapalhar o DF mais uma vez. Há um ano e três meses, com o apoio da classe política e empresarial, com o Paulo (Octávio) nos ajudando, nós vencemos essa batalha no Senado, porque havíamos perdido na Câmara, e conseguimos manter a correção do FCDF, na forma originária”, lembrou. “Aquela medida legislativa deu a verdadeira independência do DF, que vivia, até aquele momento, de favores do governo federal. E o que busca hoje este mal iluminado à frente do governo federal? Simplesmente retroceder e colocar novamente, não os governos, mas a população do Distrito Federal a serviço do governo federal. Eles não conseguem admitir que a capital da República não seja submissa a eles”, completou.

Ibaneis reclamou da medida impositiva do governo Lula. “Não houve diálogo nem com a bancada deles aqui. É uma medida absurda do ponto de vista legal, financeiro e conceitual. A comparação feita, pelo ministro Fernando Haddad e por alguns da equipe econômica, com os fundos de desenvolvimento do Nordeste, da Amazônia e do Centro-Oeste destoa totalmente da finalidade do FCDF. Os primeiros são para desenvolvimento e investimento para que estas regiões mais carentes possam ter sustentabilidade e uma economia que gera emprego e renda. Já o FCDF é um fundo de custeio para as forças de segurança, a saúde e a educação da capital. Essa característica é que traz a necessidade de manutenção da sua forma de correção”, afirmou, apontando o risco de achatamento destas categorias e elogiando a posição tomada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que defendeu a manutenção das regras do FCDF.

As críticas do governador encontraram eco junto aos outros participantes da solenidade de abertura do Fórum Brasil. O decano do Supremo Tribunal federal (STF), ministro Gilmar Mendes, reforçou o papel de Brasília e do Fundo Constitucional do DF.

“Em apoio às palavras do governador Ibaneis que é preciso entender o papel de Brasília no contexto geral. E foi neste cenário que se pensou, no governo Fernando Henrique Cardoso, no Fundo Constitucional, para estruturar Brasília de maneira adequada, tanto com responsabilidade fiscal. Brasília podia se tornar um centro de criminalidade, infelizmente, e por isso era ter condições de desenvolvimento”, rememorou

O ministro destacou ainda os desafios sociais enfrentados pela capital, como o Sol Nascente, maior favela do Brasil. “Não é um título que a gente queira ter. É preciso que os fundos sejam bem aplicados e que haja atenção em relação a esta temática. Brasília é importante para o desenvolvimento nacional, desde o projeto de Juscelino Kubitschek. O País ainda não percebeu o estadista grandioso que ele foi”, completou.

Para Paulo Octávio, presidente do lide Brasília e co-anfitrião do encontro, a alteração causa insegurança jurídica. “Na época, como deputado e depois senador, ajudei a fazer o Fundo, no governo Fernando Henrique Cardoso. O último ato dele como presidente da República, em dezembro de 2002, foi sancionar a criação do Fundo, que foi apoiado por todos os parlamentares, da Câmara, do Senado. O FCDF veio beneficiar uma cidade que nasceu para ser a capital da República e, de repente, querem mudar a forma dos reajustes, como está acontecendo agora. Isso aconteceu ano passado, nós conseguimos ganhar no Congresso, e a gente conseguiu reverter a situação. E agora, de repente, vem nesse pacote uma nova ameaça”, destacou.

“Como o governador Ibaneis colocou bem, é um prejuízo que vai aumentar a cada ano. Começa com prejuízo de R$ 1 bilhão, depois vai aumentando, porque a forma do reajuste será diferenciada e, logicamente, teremos menos recursos. É muito grave para uma cidade de crescimento, que não tem indústrias, que nasceu para ser a sede das embaixadas, da Justiça do nosso País e do governo. Brasília não pode ser comparada com outras capitais. Ela é diferenciada desde a sua criação. Nós temos que respeitar e parar de mudar as leis de acordo com o governante que está no momento”, disse.

O empresário confia que Congresso vai encarar com seriedade o assunto. “O partido a que pertenço, o PSD, já deu o total apoio para a não aprovação dessa mudança. Eu tenho certeza que os outros partidos também vão fazer o mesmo. É uma questão muito séria e não pode ser tratada da forma como vem sendo”, disse. Ele avaliou ainda que o ajuste nas contas públicas não precisa prejudicar a cidade.

“Brasília, dentro do panorama da redução de gastos de R$ 70 bilhões, é muito pequena. Não é prejudicando uma cidade que você vai fazer esse ajuste. Eu acho que a economia tem que vir de outras áreas, onde se gasta mais. Acho que o governo tem a sua equipe econômica para analisar e há forma de reduzir. Os orçamentos de alguns ministérios são imensos, então acho que se pode fazer um ajuste fiscal sem prejudicar uma cidade. É essa contrariedade que levamos ao governo federa. Não é justo mexer com uma cidade, com um projeto que já está aprovado, que é constitucional, que foi já discutido há tanto tempo. Não devemos atrapalhar uma coisa que funciona bem”, concluiu

Avanços e desafios na transição energética
Tema principal dos debates, os avanços e desafios da transição energética no Brasil foram foco de dois painéis. A energia limpa, especialmente a solar e a eólica, foram o foco das soluções para transformar o Brasil em um líder global. Para o ministro Gilmar Mendes, do STF, a importância da energia limpa é clara especialmente a solar e a hidrelétrica. Ele também alertou para os riscos das mudanças climáticas, citando que enchentes e secas são sinais de que políticas ambientais são urgentes.

Anfitrião da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP-30), o governador do Pará, Helder Barbalho, abordou o mercado de créditos de carbono. No estado, já foram certificadas 300 milhões de toneladas de carbono, com 12 milhões comercializadas por cerca de R$ 1 bilhão. “Esse mercado representa uma nova economia para o Pará, beneficiando comunidades e incentivando práticas sustentáveis”, disse o governador, que atribuiu o resultado à redução do desmatamento.

Ex-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates falou dos na transição energética no Brasil. Apesar do potencial do País nos campos de energia eólica e solar, é preciso um planejamento regional que pode gerar tensões. “Cada região precisará resolver suas demandas energéticas de forma local, o que pode gerar conflitos, especialmente em um país com matrizes tão diversas”, afirmou. Ele também cobrou uma estratégia clara para que o Brasil use sua posição privilegiada de forma eficaz.

O economista Roberto Giannetti, head do Lide Infraestrutura, falou do avanço das tecnologias de hidrogênio verde e baterias estáticas, que serão braços essenciais na transição energética. “O hidrogênio verde será fundamental para setores como a mobilidade urbana e a indústria. E as baterias estáticas resolverão problemas de intermitência na geração de energia renovável, como solar e eólica”, disse.

Paulo Octávio falou do crescimento da energia solar na capital federal. Atualmente, 20% dos empreendimentos em Brasília utilizam energia solar. E em seus próprios empreendimentos a energia é 100% solar. “A energia solar é uma fonte limpa, econômica e sustentável, que oferece redução de até 20% nos custos para os consumidores”, afirmou.

Ele também defendeu o planejamento antes da criação de bairros, para melhorar a vida dos cidadãos e apoiar a transição energética. “As cidades crescem no Brasil, muitas vezes, de forma desordenada. Discutir o planejamento futuro de como o cidadão vai viver melhor nas cidades é um grande tema. Acho que todos os prefeitos têm que participar. Porque o urbanismo é uma questão social e de qualidade de vida das pessoas”, destacou.

“Nós vivemos em uma cidade que foi planejada, talvez com a melhor qualidade de vida do mundo. O projeto inicial foi respeitado, a cidade foi tombada e continua sendo preservada por todos os governos que por aqui passam. O que está em jogo é o homem e a qualidade das pessoas. Eu defendo, inclusive, que as cidades sejam planejadas. Não adianta construir cidades espalhadas porque depois o governo não tem condições de levar a infraestrutura”, concluiu.

Fonte: Ascom Paulo Octávio

Continue lendo

MAIS LIDAS DA SEMANA