POLICIAL
Após tragédia em Planaltina, DF chega ao 31º caso de feminicídio em 2023

Após discussão com o companheiro, Sofia Antunes Queiroz, de 20 anos, foi morta com um tiro no pescoço. Leandro Gomes Lustosa, 33 anos, antes de fugir da cena do crime, ainda tentou limpar o quarto. Até o fechamento dessa edição, ele continuava foragido

O Distrito Federal chegou ao alarmante número de 31 casos de feminicídio somente em 2023. Na noite da última quarta-feira, Sofia Antunes Queiroz, de 20 anos, foi vítima do próprio companheiro. A mulher foi morta com um tiro de revólver .38 mm, no Vale do Amanhecer, em Planaltina, deixando um filho de cinco anos. O autor, identificado como Leandro Gomes Lustosa, auxiliar de serviços gerais, de 33, a atingiu no pescoço, fugiu após o crime e está foragido. Entre os casos registrados, neste ano, quatro ocorrências estão sob análise da Polícia Civil do DF (PCDF) para tipificação do crime. Em 2022, a capital registrou 17 feminicídios.
Responsável pela investigação, a 16ª Delegacia de Polícia (Planaltina) foi informada sobre o caso após a vítima dar entrada na emergência do Hospital Regional de Planaltina (HRPl). De imediato, a equipe policial se deslocou para a unidade hospitalar e, ao levantar mais informações do caso, ficou evidenciado o feminicídio da jovem.
Segundo informações da PCDF, o crime ocorreu dentro do quarto do casal, em uma casa de fundo, na região do Vale do Amanhecer. Os policiais civis foram à residência para preservar a cena e realizar a perícia. As buscas pelo autor começaram ainda no dia do crime. Policiais chegaram a ir a endereços conhecido, incluindo do pai do suspeito, mas, até o fechamento desta reportagem, o autor ainda se encontrava foragido.
De acordo com testemunhas ouvidas pela Polícia Civil, o quarto onde ocorreu o crime estava sujo com muito sangue. Porém, assim que Sofia foi socorrida por vizinhos, Leandro limpou as manchas, inclusive os lençóis da cama. Após o ocorrido, ele teria pegado a arma, colocado em uma mochila e fugido do local.
Discussão
Abalada com o feminicídio da nora, Sofia Antunes Queiroz, a auxiliar de limpeza Maria Zélia, 53, diz que o crime ocorreu após o casal consumir bebida alcoólica. “Todo casal discute. Mas, infelizmente, o pior aconteceu. Ele diz que não foi culpa dele, porque estava tentando tirar a arma dela e disparou”, argumenta a sogra da vítima.
Antes da discussão entre a jovem e o filho dela, Leandro Gomes Lustosa, Maria pediu para os dois se acalmarem. Ela conta que ouviu os dois discutirem em voz alta e os aconselhou a irem dormir para acalmar os ânimos. “Falei com eles para irem dormir, se aquietarem, e ficaram lá (nos fundos da casa)”, relata.
Há quase cinco anos que Sofia morava com a sogra e o companheiro, no Vale do Amanhecer. Antes, vivia de aluguel com os pais, também em Planaltina. “Ela era como se fosse uma filha para mim”, diz a mãe do acusado. Quando o corpo foi levado para o carro do Instituto de Medicina Legal (IML), Maria conversou pessoalmente com a mãe da vítima. “Ela está transtornada com a situação”, afirma.
“Cheguei em casa (após ir ao hospital) e ele não estava. O policial me disse que era para o meu filho não sair de casa, mas ele deve ter escutado a ligação e fugiu”, recorda.
Vizinhos da família, o manobrista Gilson Torres, 45, e a dona de casa Priscila Santos, 28, contam que a mãe do suspeito saiu da casa gritando por socorro, após o crime. “Eles saíam juntos, com o filho de 5 anos. Era um casal tranquilo”, diz Priscila. Ele conta, ainda, que, no fim da tarde, recebeu algumas roupas doadas de Sofia, que não serviam mais no filho dela.
“Fiquei muito mal, porque as roupinhas eram para servir no filho dela. Como não serviu, ela deu para mim. Momentos depois, ela entrou e aconteceu isso. Não imaginava porque quase não a via na rua”, detalha a vizinha. Gilson conta que costumava fazer churrasco junto com Leandro e Sofia. “Era um casal 10. Estamos tristes porque foi um momento de fúria e uma fatalidade. O filhinho dele brincava com os nossos de golzinho”, lembra o morador da região.
Não esqueçam delas
1. Fernanda Leticia da Silva, 27 anos (1º/1)
2. Mirian Alves Nunes, 27 anos (2/1) foto
3. Jeane Sena da Cunha Santos, 42 anos (17/1)
4. Giovana Camilly Evaristo Carvalho, 20 anos (19/1)
5. Izabel Aparecida Guimarães de Sousa, 36 anos (4/2)
6. Simone Sampaio de Melo, 38 anos (13/2)
7. Letícia Barbosa Mariano, 25 anos (2/3)
8. Rayane Ferreira de Jesus Lima, 18 anos (2/3)
9. Elaine Vieira de Jesus Dias de Oliveira, 35 anos (22/3)
10. Denise dos Santos Alves Cardoso, 21 anos (2/4)
11. Cristina de Sousa Santos, 32 anos (12/4)
12. Regiane da Silva Oliveira, 21 anos (17/4)
13. Maria Ivonilde Abreu, 47 anos (22/4)
14. Gabriela Bispo de Jesus, 33 anos (9/5)
15. Adrielly Thauana Pereira de Carvalho, 29 anos (2/6)
16. Itana Amparo dos Santos, 36 anos (20/6)
17. Emily Talita da Silva, 20 anos (24/6)
18. Valdeci Vieira Santana, 47 anos (25/6)
19. Claudia Barbosa de Melo, 40 anos (29/6)
20. Patrícia Pereira de Sousa, 41 anos (30/6)
21. Deylilane Alves Santos Conceição, 34 anos (3/8)
22. Valderia da Silva Barbosa Peres, 46 anos (11/8)
23.Anariel Roza Dias, 39 anos (16/8)
24. Andreia Crispim de Lima Silva, 50 anos (24/8)
25. Laísa Rocha da Silva, 35 anos (21/10)
*Quatro casos estão em investigação, ainda sem confirmação para o crime de feminicídio.
**Outros dois não tiveram o nome divulgado
Números do feminicídio no DF
2015: 7
2016: 20
2017: 11
2018: 25
2019: 28
2020: 16
2021: 24
2022: 17
2023: 31 (até 16 de novembro)
Fonte: Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF)
Colunista

POLICIAL
PM é morta em emboscada em área de milícia do Rio, diz corporação

ESTADÃO CONTEÚDOi
A cabo Vaneza Lobão, de 31 anos, foi morta na noite de sexta-feira, 24, na Rua Passo da Pátria, em Santa Cruz, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro conhecido pela atuação de milicianos. Segundo informações preliminares da Polícia Militar do Estado (PMERJ), a mulher foi vítima de uma emboscada na entrada de onde residia, quando estava dentro do carro. Os autores dos disparos teriam fugido após o crime.
A corporação emitiu uma nota de pesar, em que repudia “veementemente” o que chamou de uma “morte bárbara”. Também postou pedidos em redes sociais por informações sobre o caso, com recompensa de até R$ 5 mil pelo Disque-Denúncia. A policial estava na corporação há 10 anos.
Santa Cruz é um dos bairros do Rio com atuação de milicianos e histórico recente de conflitos. Em outubro, a morte de um líder de milícia local esteve entre os motivos apontados para ao menos 35 ataques com incêndios a ônibus e um trem. Em 2018, um confronto entre supostas integrantes de milícias e traficantes deixou feridos na zona oeste carioca.
Nas redes sociais, a nutricionista Andreza Lobão disse que sua irmã foi vítima de uma covardia. “O meu coração sangra”, lamentou. “A sua lealdade com os seus jamais será esquecida”, postou.
Fonte: IstoÉ
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