A Justiça do Distrito Federal aceitou, nesta terça-feira (14), a denúncia do Ministério Público (MPDFT) contra Francisco Manoel da Silva, de 53 anos, por lesão corporal culposa, qualificada pela condição de embriaguez e por dirigir sem habilitação. O homem foi preso após atropelar cinco crianças em 22 de maio, em Ceilândia (veja detalhes abaixo).
Na decisão, o juiz Lucas Sales da Costa ainda levou em consideração que Francisco não parou o veículo para prestar socorro às vítimas. O magistrado também negou um pedido da revogação de prisão preventiva feito pelo réu.
“A gravidade concreta do caso é intensamente destacável, e maiores aprofundamentos sobre o fato serão feitos ao longo da instrução criminal”, disse o juiz. O g1 tenta contato com a defesa de Francisco.
Relembre o caso
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No dia 22 de maio, cinco crianças foram atropeladas, em Ceilândia. O condutor do veículo, Francisco, foi detido pela Polícia Militar e levado para a delegacia.
A embriaguez do motorista foi confirmada pelo Instituto Médico Legal (IML). Ele foi autuado na 15ª Delegacia de Polícia por acidente de trânsito com vítima, atropelamento de pedestres, embriaguez ao volante e falta de habilitação para dirigir.
As vítimas, com idades entre 5 e 10 anos, foram encaminhadas ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC). Posteriormente, devido a gravidade do estado de saúde, três crianças foram transferidas para o Hospital de Base.
Crianças receberam alta
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As últimas três crianças atropeladas receberam alta do hospital, nesta segunda-feira (13). Ana Júlia Pereira, de 7 anos, Bruna Raquel Fonseca Pereira, de 6 anos, e Sofia Valentina Muniz, de 4 anos, tiveram traumatismo craniano e passaram por cirurgias no Hospital de Base de Brasília, mas, agora, se recuperam em casa.
As outras duas, Ester Isabely Rodrigues Pereira, de 10 anos, e Maria Eduarda, da mesma idade, já tinham deixado o hospital no fim de maio.
Ana Júlia e Bruna tiveram que colocar pinos nas pernas e, por enquanto, precisarão usar cadeiras de rodas. Mesmo fora do hospital, as crianças serão acompanhadas por neurologistas e devem fazer fisioterapia.
Fonte: G1