GOVERNO FEDERAL
Raquel Dodge pede que STJ e CNJ investiguem desembargador que mandou soltar Lula
PGR disse que ato foi ‘orquestrado’ e cita quase 20 anos em que Favreto foi do PT
BRASÍLIA — A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, quer que o desembargador Rogério Favreto, que no domingo deu três decisões pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seja investigado no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Entre outras coisas, ela cita os quase 20 anos em que Favreto foi filiado ao PT, e que teria ocorrido um ato “orquestrado”. No STJ, Dodge pediu a abertura de inquérito para apurar se houve crime de prevaricação. No CNJ, solicitou que o órgão analise se houve infração disciplinar.
Como desembargador plantonista do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), Favreto mandou soltar Lula. Mas, como houve decisões posteriores de outros desembargadores no sentido contrário, o ex-presidente continuou preso.
“A escala de plantão do TRF4 para o mês de julho de 2018 foi publicada no final do mês anterior, junho. A partir daí, soube-se que o representado estaria de plantão a partir de 4 de julho de 2018. Ocorre, porém, que a impetração logo no fim do expediente do dia 4, a partir das 19 horas, não seria a melhor alternativa estratégica, pois uma decisão concertada com o representado seria prontamente revista pelo juiz natural a partir das 11 horas do dia 5. O ideal, portanto, foi protocolar o HC (habeas corpus) na noite da sexta-feira, para que o representado exercesse a jurisdição plantonista de forma ininterrupta, até segunda-feira, 11 horas”, escreveu a procuradora-geral.
Sobre o tempo em que Favreto foi filiado ao PT, Dodge disse: “Este histórico profissional legítimo ganha relevância específica no contexto da infração praticada pelo representado, pois revela que o estreito e longevo vínculo com o partido político do réu, com sua administração e com a administração de outros próceres do mesmo partido, teve efeito na quebra da impessoalidade da conduta do magistrado.”
Por sua vez, a juíza Carolina Moura Lebbos, titular da 12ª Vara Federal de Execuções Penais (VEP) de Curitiba, negou pedido apresentado pela defesa de Lula para que ele possa gravar vídeos, dar entrevistas e realizar atos de pré-campanha, por meio de videoconferência ou de filmagens na sede da Polícia Federal (PF) em Curitiba.
O ex-presidente está preso desde o dia 7 de abril após ser condenado a 12 anos e um mês de prisão no caso do tríplex do Guarujá.
Fonte: O Globo
GOVERNO FEDERAL
Interessados em operar rádios comunitárias em 795 cidades têm até dia 13 de dezembro para enviar propostas
Foto: Divulgação
Edital, publicado em outubro no Diário Oficial da União (DOU), prevê concessão de outorgas em 21 estados
Fundações e associações interessadas em operar rádios comunitárias em 795 municípios de 21 estados brasileiros têm até o próximo dia 13 de dezembro para enviar propostas.
O edital n. 186/2024, que pode ser conferido neste link (https://in.gov.br/en/web/dou/
A seleção pública de interessados na operação disponibiliza a possibilidade de transmissão em 21 estados. São 15 municípios no Acre, 27 em Alagoas, 22 no Amazonas, um no Amapá, 69 na Bahia, 20 no Ceará, 19 no Espírito Santo, 57 em Goiás, 44 no Maranhão, 205 em Minas Gerais, nove em Mato Grosso do Sul, 46 no Mato Grosso, 24 no Pará, 44 na Paraíba, 14 em Pernambuco, 69 no Piauí, 23 no Rio Grande do Norte, 17 em Rondônia, nove em Roraima, 18 em Sergipe e 43 no Tocantins.
“Nosso compromisso é com a democratização da comunicação e as rádios comunitárias têm um papel fundamental em promover cultura regional e diversificada. Com este edital, vamos atender as demandas reprimidas cadastradas no Ministério e fortalecer a radiodifusão pública”, destaca o ministro das Comunicações, Juscelino Filho.
Confira lista com todos os municípios aqui.
Outorgas
O edital faz parte do Plano Nacional de Outorgas – PNO RadCom 2023/2024, publicado no início de dezembro de 2023, com o cronograma e as localidades que serão contempladas com a oportunidade de novas outorgas do serviço de Radiodifusão Comunitária.
A diretora de Radiodifusão Pública, Comunitária e Estatal da pasta, Daniela Schettino, destaca que o ministério tem trabalhado para melhorar as condições na prestação do serviço e na autorização das rádios comunitárias. “A nossa expectativa é ter pelo menos uma rádio comunitária em cada município do país”, acrescenta a diretora.
Ascom MCom
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