SAÚDE
Técnicos do Ministério da Saúde temem explosão de casos e mortes por Covid-19 até fevereiro

Atraso no início da vacinação e aglomerações no fim do ano e nas férias devem elevar adoecimentos. Panorama preocupa especialistas
A segunda quinzena de janeiro será marcada pela alta de casos e mortes por Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, resultado das comemorações de fim de ano e viagens de férias. A conclusão é de técnicos do Ministério da Saúde que monitoram a evolução da infecção no país.
Durante dois dias, o Metrópoles conversou com técnicos e servidores do Ministério da Saúde que estão trabalhando diretamente com assuntos ligados à pandemia e seus efeitos. As expectativas para as próximas semanas são tensas em ao menos quatro setores da pasta.
Dezoito dias após o início do verão, em 21 de dezembro, os especialistas temem os efeitos das festas, viagens e aglomerações. “Assistimos uma irresponsabilidade muito grande. O vírus está em circulação e aglomerar é criar uma condição favorável para a contaminação. Isso num momento que ainda não temos uma campanha de vacinação”, reclama uma fonte da Secretaria-Executiva do Ministério da Saúde.
“O prazo para o aparecimento dos sintomas é, em média, de cinco dias depois do contágio. O tempo que demanda de internação é de cinco a 10 dias depois do contágio. Já a permanência em UTI é de 15 dias em média até o óbito. Com isso, é de se esperar que até o meio de janeiro tenhamos um aumento significativo no número de casos, internações e óbitos”, vaticina.
Entendimento da população
Servidora do Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde, uma técnica lamenta que parte da população tenha perdido, segundo palavras dela, o entendimento que ainda se vive uma pandemia.
“As pessoas precisam voltar a acreditar que o distanciamento social salva vidas. Além disso, vemos um outro problema nascer: a resistência à vacinação. Com isso, as duas formas que temos de combater o vírus ficam enfraquecidas. Política pública de saúde sem adesão da população não funciona”, salienta.
Ela contextualiza o Brasil no cenário mundial. “A situação é muito delicada. Países que estão vacinando retomaram lockdown. Aqui, não sabemos quando teremos efetivamente a campanha de imunização, as cidades estão abrindo tudo e as pessoas nas ruas sem cuidados”, pondera.
No Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis, o temor se repete. “Ao longo deste mês, trabalhamos com a perspectiva de um novo aumento de internações e óbitos. Percebemos que quem mais se expos ao vírus nas festas de fim de ano, são jovem de 15 a 30 anos. Isso eleva o risco para as pessoas do grupo de risco que mantém contato com esses indivíduos”, explica.
A técnica continua: “Quando ocorre a transmissão para grupos de risco, como pessoas com comorbidades, eles podem adoecer e vir até a óbito. Isso vai levar alguns dias. O reflexo dessas aglomerações vamos observar mais adiante”, aponta.
A falta da vacina
Quem trabalha no Programa Nacional de Imunizações (PNI) avalia que a morosidade na imunização potencializa os problemas. “Estamos vivendo uma crise de liderança e isso impacta no comportamento das pessoas”, inicia.
Versão oficial
O Ministério da Saúde não comentou as declarações dos técnicos. Em nota, afirmou que a portaria Nº 2.789 estabelece orientações gerais à prevenção, o controle e à mitigação da transmissão da Covid-19.


SAÚDE
Ministério da Saúde confirma chegada de 4 milhões de vacinas para maio

Governadores do país apelaram à ONU e à OMS para que fossem adiantadas doses da AstraZeneca/Oxford, produzidas na Coreia do Sul

Em março, o Brasil recebeu o primeiro lote da Covax. Foram entregues pouco mais de 1 milhão de doses da AstraZeneca/Oxford, produzidas na Coreia do Sul pelo laboratório SK Bioscience.
“A Covax é um inédito esforço internacional, do qual o Brasil participa ativamente. Com o objetivo de fomentar o desenvolvimento e a produção de imunizantes contra a Covid-19, permite o acesso justo e igualitário às vacinas por meio das parcerias com os laboratórios”, destaca a pasta, na nota divulgada.
Em reunião realizada na sexta-feira (16/4) com representantes da ONU e da OMS, todos os governadores do país fizeram um apelo para que fossem adiantadas doses de vacina ao Brasil, ainda neste mês de abril.
Ao fim da reunião, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), coordenador do Fórum Nacional de Governadores, comunicou que será antecipada a remessa de 4 milhões de doses da AstraZeneca.

Serão contemplados profissionais de saúde que atuam em diversas áreas da rede particular do DFRafaela Felicciano/Metrópoles

Remessa veio em voo da LatamLatam/Divulgação

Novo lote de vacinas chegou ao DF nesta madrugadaLatam/Divulgação


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