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Secec lança prêmio para valorizar a cultura LGBTQIA+

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Os artistas LGBTQIA+ de diversas modalidades culturais são destaque na pauta cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). Após a inclusão da categoria no Cadastro de Entes e Agentes Culturais (Ceac), a pasta promove um marco no reconhecimento dessa arte no Brasil: lançou nesta quinta-feira (17) o edital 13/2021, que vai premiar 50 artistas do segmento num aporte de R$ 150 mil. Os candidatos podem efetuar a inscrição no período de 18 deste mês até as 18h de 2 de julho.

O secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, recebeu na tarde da terça-feira (15) representantes do Fórum de Cultura LGBTQI+ do DF para anunciar o edital de premiação | Divulgação/Secec

O Edital 13/2021 foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) e vai celebrar artistas do segmento que tenham prestado relevante contribuição ao desenvolvimento artístico do DF e Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride).

O secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, lembra que a arte é generosa em abrigar as minorias, por isso é preciso dar esse passo de reconhecimento aos artistas marginalizados.

“Eu me sinto feliz de participar de um momento como esse, ser o pequeno tijolinho dessa construção no país. Espero que sejamos exemplo para as outras secretarias e construamos um edifício”, disse o gestor da pasta, que recebeu, na tarde da terça-feira (15), representantes do Fórum de Cultura LGBTQI+ do DF para anunciar o edital de premiação.

Símbolo de resistência, a arte LGBTQIA+ representa a diversidade e a interseccionalidade no campo cultural. Por meio da arte ballroom (de salão) e drag, a comunidade se destaca. No entanto, é preciso considerar que essa população está presente em todos os estilos e também nos bastidores artísticos.

“Eu me sinto feliz de participar de um momento como esse, ser o pequeno tijolinho dessa construção no país. Espero que sejamos exemplo para as outras secretarias e construamos um edifício”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa

Combate à homofobia

Com a meta de criar cada vez mais meios e contratações inclusivas, a Secec inicia um percurso para o melhoramento das políticas públicas na cultura. “A diversidade, para que tenha voz, precisa sentar na mesa de decisão. Por isso, nada mais justo do que um espaço para isso”, explica a subsecretária de Difusão e Diversidade Cultural, Sol Montes.

A valorização do artista e o acolhimento político funcionam como um enfrentamento ao bullying e à violência. “Os artistas, quando visibilizam sua identidade de gênero e sua orientação sexual, querem dizer algo. E esse algo é que não está tudo bem, porque não é natural e não é normal a violência. Por isso, com esse gesto, a secretaria promove arte como um fator de mudança e transformação social”, declara a produtora cultural Dayse Hansa, representante do Fórum de Cultura LGBTQI+ do DF.

Também produtora e representante do fórum, Ruth Venceremos recorda que a diversidade cultural dentro da comunidade LGBTQIA+ traduz concepções de uma unicidade de manifestações e vivências que perpassam somente pessoas da comunidade, de forma que a arte se torna construtora de uma consciência de humanização. “É de uma coragem e de uma autenticidade o que a secretaria está fazendo em meio à conjuntura que a gente vive. É muito importante esse passo; a gente reconhece, nesta gestão e nesta equipe, pessoas que têm compromisso com a cultura”, agradece Ruth.

Inscrições

Para participar, basta preencher a ficha do Anexo I, disponível no site www.cultura.df.gov.br, com a apresentação da documentação, que deve ser direcionada à Subsecretaria de Difusão e Diversidade Cultural (SDDC) no e-mail difusaoediversidadedf@gmail.com. A inscrição também pode ser realizada por terceiros, contanto que apresente uma carta de anuência da personalidade e anexo da cópia de documento de identificação com foto e data de nascimento.

Do resultado da seleção das candidaturas premiadas caberá recurso fundamentado e específico, que deve ser encaminhado e direcionado à comissão de seleção, por meio do e-mail difusaoediversidadedf@gmail.com. O prazo de apresentação é de dez dias corridos a contar da publicação do resultado no Diário Oficial do Distrito Federal. Considera-se o início da contagem o primeiro dia útil posterior à publicação. Não haverá recurso administrativo após esta fase.

A seleção para o prêmio é composta por servidores da Secec e um agente cultural convidado da sociedade civil.

“O edital vai celebrar a trajetória de todos os artistas LGBTQI+, no entanto, vamos também criar oportunidades para aqueles que nunca receberam nenhuma premiação em fomento da Secec, assim como observaremos a equidade de gênero na seleção”, destaca Sol Montes.

*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa 

Agência Brasília

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No Fórum Lide Brasil, Ibaneis Rocha ataca proposta de corte no reajuste do FCDF

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No Fórum Lide Brasil, Ibaneis Rocha ataca proposta de corte no reajuste do FCDF

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, voltou a criticar o governo federal durante o Fórum Brasil | Transição Energética, realizado pelo Lide Brasil e Lide Brasília, no Brasília Palace Hotel. Com o tema “Transição energética e desenvolvimento urbano”, o evento reuniu políticos e empresários na manhã desta quarta-feira (4).

Retomando as críticas feitas na terça-feira (3), durante a 4ª Reunião de Governança Codese-GDF, Ibaneis Rocha preferiu abordar a possibilidade de redução no Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), no bojo do pacote de cortes nos gastos, anunciado semana passada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

“Saiu da cabeça de alguém pouco iluminado do governo federal a ideia de atrapalhar o DF mais uma vez. Há um ano e três meses, com o apoio da classe política e empresarial, com o Paulo (Octávio) nos ajudando, nós vencemos essa batalha no Senado, porque havíamos perdido na Câmara, e conseguimos manter a correção do FCDF, na forma originária”, lembrou. “Aquela medida legislativa deu a verdadeira independência do DF, que vivia, até aquele momento, de favores do governo federal. E o que busca hoje este mal iluminado à frente do governo federal? Simplesmente retroceder e colocar novamente, não os governos, mas a população do Distrito Federal a serviço do governo federal. Eles não conseguem admitir que a capital da República não seja submissa a eles”, completou.

Ibaneis reclamou da medida impositiva do governo Lula. “Não houve diálogo nem com a bancada deles aqui. É uma medida absurda do ponto de vista legal, financeiro e conceitual. A comparação feita, pelo ministro Fernando Haddad e por alguns da equipe econômica, com os fundos de desenvolvimento do Nordeste, da Amazônia e do Centro-Oeste destoa totalmente da finalidade do FCDF. Os primeiros são para desenvolvimento e investimento para que estas regiões mais carentes possam ter sustentabilidade e uma economia que gera emprego e renda. Já o FCDF é um fundo de custeio para as forças de segurança, a saúde e a educação da capital. Essa característica é que traz a necessidade de manutenção da sua forma de correção”, afirmou, apontando o risco de achatamento destas categorias e elogiando a posição tomada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que defendeu a manutenção das regras do FCDF.

As críticas do governador encontraram eco junto aos outros participantes da solenidade de abertura do Fórum Brasil. O decano do Supremo Tribunal federal (STF), ministro Gilmar Mendes, reforçou o papel de Brasília e do Fundo Constitucional do DF.

“Em apoio às palavras do governador Ibaneis que é preciso entender o papel de Brasília no contexto geral. E foi neste cenário que se pensou, no governo Fernando Henrique Cardoso, no Fundo Constitucional, para estruturar Brasília de maneira adequada, tanto com responsabilidade fiscal. Brasília podia se tornar um centro de criminalidade, infelizmente, e por isso era ter condições de desenvolvimento”, rememorou

O ministro destacou ainda os desafios sociais enfrentados pela capital, como o Sol Nascente, maior favela do Brasil. “Não é um título que a gente queira ter. É preciso que os fundos sejam bem aplicados e que haja atenção em relação a esta temática. Brasília é importante para o desenvolvimento nacional, desde o projeto de Juscelino Kubitschek. O País ainda não percebeu o estadista grandioso que ele foi”, completou.

Para Paulo Octávio, presidente do lide Brasília e co-anfitrião do encontro, a alteração causa insegurança jurídica. “Na época, como deputado e depois senador, ajudei a fazer o Fundo, no governo Fernando Henrique Cardoso. O último ato dele como presidente da República, em dezembro de 2002, foi sancionar a criação do Fundo, que foi apoiado por todos os parlamentares, da Câmara, do Senado. O FCDF veio beneficiar uma cidade que nasceu para ser a capital da República e, de repente, querem mudar a forma dos reajustes, como está acontecendo agora. Isso aconteceu ano passado, nós conseguimos ganhar no Congresso, e a gente conseguiu reverter a situação. E agora, de repente, vem nesse pacote uma nova ameaça”, destacou.

“Como o governador Ibaneis colocou bem, é um prejuízo que vai aumentar a cada ano. Começa com prejuízo de R$ 1 bilhão, depois vai aumentando, porque a forma do reajuste será diferenciada e, logicamente, teremos menos recursos. É muito grave para uma cidade de crescimento, que não tem indústrias, que nasceu para ser a sede das embaixadas, da Justiça do nosso País e do governo. Brasília não pode ser comparada com outras capitais. Ela é diferenciada desde a sua criação. Nós temos que respeitar e parar de mudar as leis de acordo com o governante que está no momento”, disse.

O empresário confia que Congresso vai encarar com seriedade o assunto. “O partido a que pertenço, o PSD, já deu o total apoio para a não aprovação dessa mudança. Eu tenho certeza que os outros partidos também vão fazer o mesmo. É uma questão muito séria e não pode ser tratada da forma como vem sendo”, disse. Ele avaliou ainda que o ajuste nas contas públicas não precisa prejudicar a cidade.

“Brasília, dentro do panorama da redução de gastos de R$ 70 bilhões, é muito pequena. Não é prejudicando uma cidade que você vai fazer esse ajuste. Eu acho que a economia tem que vir de outras áreas, onde se gasta mais. Acho que o governo tem a sua equipe econômica para analisar e há forma de reduzir. Os orçamentos de alguns ministérios são imensos, então acho que se pode fazer um ajuste fiscal sem prejudicar uma cidade. É essa contrariedade que levamos ao governo federa. Não é justo mexer com uma cidade, com um projeto que já está aprovado, que é constitucional, que foi já discutido há tanto tempo. Não devemos atrapalhar uma coisa que funciona bem”, concluiu

Avanços e desafios na transição energética
Tema principal dos debates, os avanços e desafios da transição energética no Brasil foram foco de dois painéis. A energia limpa, especialmente a solar e a eólica, foram o foco das soluções para transformar o Brasil em um líder global. Para o ministro Gilmar Mendes, do STF, a importância da energia limpa é clara especialmente a solar e a hidrelétrica. Ele também alertou para os riscos das mudanças climáticas, citando que enchentes e secas são sinais de que políticas ambientais são urgentes.

Anfitrião da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP-30), o governador do Pará, Helder Barbalho, abordou o mercado de créditos de carbono. No estado, já foram certificadas 300 milhões de toneladas de carbono, com 12 milhões comercializadas por cerca de R$ 1 bilhão. “Esse mercado representa uma nova economia para o Pará, beneficiando comunidades e incentivando práticas sustentáveis”, disse o governador, que atribuiu o resultado à redução do desmatamento.

Ex-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates falou dos na transição energética no Brasil. Apesar do potencial do País nos campos de energia eólica e solar, é preciso um planejamento regional que pode gerar tensões. “Cada região precisará resolver suas demandas energéticas de forma local, o que pode gerar conflitos, especialmente em um país com matrizes tão diversas”, afirmou. Ele também cobrou uma estratégia clara para que o Brasil use sua posição privilegiada de forma eficaz.

O economista Roberto Giannetti, head do Lide Infraestrutura, falou do avanço das tecnologias de hidrogênio verde e baterias estáticas, que serão braços essenciais na transição energética. “O hidrogênio verde será fundamental para setores como a mobilidade urbana e a indústria. E as baterias estáticas resolverão problemas de intermitência na geração de energia renovável, como solar e eólica”, disse.

Paulo Octávio falou do crescimento da energia solar na capital federal. Atualmente, 20% dos empreendimentos em Brasília utilizam energia solar. E em seus próprios empreendimentos a energia é 100% solar. “A energia solar é uma fonte limpa, econômica e sustentável, que oferece redução de até 20% nos custos para os consumidores”, afirmou.

Ele também defendeu o planejamento antes da criação de bairros, para melhorar a vida dos cidadãos e apoiar a transição energética. “As cidades crescem no Brasil, muitas vezes, de forma desordenada. Discutir o planejamento futuro de como o cidadão vai viver melhor nas cidades é um grande tema. Acho que todos os prefeitos têm que participar. Porque o urbanismo é uma questão social e de qualidade de vida das pessoas”, destacou.

“Nós vivemos em uma cidade que foi planejada, talvez com a melhor qualidade de vida do mundo. O projeto inicial foi respeitado, a cidade foi tombada e continua sendo preservada por todos os governos que por aqui passam. O que está em jogo é o homem e a qualidade das pessoas. Eu defendo, inclusive, que as cidades sejam planejadas. Não adianta construir cidades espalhadas porque depois o governo não tem condições de levar a infraestrutura”, concluiu.

Fonte: Ascom Paulo Octávio

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