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Feira de Soluções: possibilidades que podem inspirar maneiras de enfrentar crises sanitárias do século XXI

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Iniciativa da Secretaria de Saúde e da Fiocruz Brasília, 6ª edição do evento ocorre entre 27 e 29 deste mês. Na programação, oficinas, workshops, simpósios, apresentação de trabalhos inventivos, entre outros

Natália Moura, da Agência Saúde-DF | Edição: Daniel Ribeiro

“Stella”, nome dado a um sistema nervoso artificial que auxilia na recuperação de pacientes que sofreram derrame. ITB, solução online que monitora a situação de saúde das pessoas com tuberculose, minimizando o abandono de tratamento. Abordagem inédita que otimiza a análise de dados com vistas ao aumento da cobertura vacinal. Aplicativos voltados à saúde da população LGBTQIAPN+ ou ao combate à dengue. Drones que transportam amostras biológicas. Plataforma de monitoramento da saúde que avalia dados biológicos captados pela câmera do celular.

Essas são algumas das mais de 60 inovações cadastradas na 6ª edição da Feira de Soluções para a Saúde. Pela primeira vez, entre os dias 27 e 28 de novembro, a capital federal sedia o evento, realizado pela Secretaria de Saúde (SES-DF) e pela Fundação Oswaldo Cruz (FIocruz) Brasília, e patrocinado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF). O objetivo é disseminar e incentivar possibilidades que inspirem ou auxiliem no enfrentamento de crises sanitárias apresentadas neste século.

Com o tema “Transformação Digital na Saúde”, a feira traz um portfólio de ideias já colocadas em prática ou em desenvolvimento que abordam temas como educação, ciência e tecnologia abertas, arboviroses, hanseníase, tuberculose, HIV/Aids, pesquisa clínica, judicialização da saúde, cuidado com a gestante e registro das ações dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps). São projetos que visam, principalmente, fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS), local e nacionalmente.

Para a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, que presidirá o evento, trata-se de um espaço diverso, fundamental para avaliar o progresso dos serviços da rede pública. “Esta feira representa uma oportunidade real para identificar soluções tangíveis aos desafios contemporâneos que enfrentamos. Teremos a oportunidade de mostrar iniciativas na área da ciência que são realidade e poderão impactar positivamente aos cuidados de saúde no futuro”.

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Troca de conhecimento

Esta sexta edição reúne especialistas e entusiastas da área de saúde, previamente cadastrados. O intuito é promover parcerias institucionais de ciência, tecnologia e inovação, impulsionando o desenvolvimento e a aplicação de soluções únicas no cenário do DF.

O subsecretário de Planejamento em Saúde, Rodrigo Vidal, enxerga o evento como uma oportunidade de avançar na informatização dos serviços da rede. “A feira é muito importante para estabelecermos e pensarmos em uma cultura de transformação digital na SES-DF. Esses três dias serão de imersão, na qual o conhecimento será ampliado.”

Para tornar o debate possível, a programação da feira inclui oficinas, palestras, rodas de conversa, mesas de negociação, pôsteres, uma maratona chamada “hackatona”, bem como estandes e outras apresentações. Tudo isso para aproximar a ciência e a tecnologia dos diferentes públicos, e fomentar produtos e serviços criativos e inovadores com potencial de promover a saúde, a qualidade de vida e o bem-estar da sociedade.

Hackatona

Uma das ações que merece destaque na feira é a chamada “Hacktona SUS Digital”, que irá instigar 20 equipes aprovadas a apresentarem soluções a crises sanitárias e seus efeitos diretos ou secundários, como na covid-19. São três dias de maratona e o prêmio é de uma bolsa de estímulo à pesquisa no valor de R$ 150 mil.

Ao final, cada equipe deverá entregar um documento detalhando a ideia e sua viabilidade. As quatro propostas que obtiverem as melhores avaliações serão escolhidas. O resultado será divulgado em 29 de novembro, último dia da feira.

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Na etapa de incorporação da tecnologia, valores de até R$ 400 mil serão distribuídos entre os projetos qualificados e indicados pela SES-DF, de acordo com as atividades, nível de complexidade e necessidade de equipamentos.

Espaço para todas as ideias

A diversidade é figurinha constante nas edições da feira. Ao lado de soluções criadas por equipes já veteranas, aparecem, por exemplo, projetos idealizados por alunas da educação básica do Rio de Janeiro, que propuseram uma ferramenta de apoio a mulheres em situações de violência.

Aos aplicativos somam-se ainda um observatório que disponibiliza indicadores de ciência, tecnologia e inovação em saúde; um repositório que arquiva, preserva e compartilha dados digitais para pesquisa; e uma plataforma que concentra experiências bem-sucedidas de unidades e trabalhadores do SUS de todo o país.

Vindos de diferentes regiões do Brasil, entre os objetivos dos autores dos trabalhados estão: facilitar a comunicação com os usuários, ampliar o conhecimento da população sobre seu status de saúde, oferecer ferramentas seguras e acessíveis de teleatendimentos e automatizar processos digitais.

Histórico

A primeira Feira de Soluções para a Saúde foi realizada em 2017, na Bahia, com foco no enfrentamento do zika vírus. A partir dela, outras questões de importância sanitária foram tema do evento. Hoje, o evento conta com um público participante estimado em mais de oito mil pessoas.

Serviço
O quê? 6ª Feira de Soluções para a Saúde
Data: 27, 28 e 29 de novembro de 2023
Local: Millenium Convention Center (Clube da Ascade – Setor de Clubes Esportivos Sul, Trecho 2, Conjunto 10, Lote 18, Asa Sul, Brasília/DF)
Mais informações: feira.agora.fiocruz.br

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Blitz educativa alerta população sobre prevenção à violência sexual infantojuvenil

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O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), participou do Dia D de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes, nesta quinta-feira (16). A ação faz parte da operação Caminhos Seguros, realizada nacionalmente pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), e é vinculada à campanha Maio Laranja, promovida pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) com o objetivo de proteger o público infantojuvenil.

De manhã, as equipes das duas secretarias – SSP e Sejus -, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), entregaram mais de 1,2 mil panfletos educativos na BR-040, em Santa Maria. No período noturno, houve fiscalização de dois estabelecimentos comerciais de Planaltina, mapeados pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e pelo Conselho Tutelar de Planaltina após denúncias de exploração infantojuvenil. Além disso, foram entregues materiais educativos na Avenida Independência, na cidade.

A ação de combate à exploração infantojuvenil aposta na conscientização do público e faz parte da campanha nacional Maio Laranja | Fotos: Joel Rodrigues/ Agência Brasília

Em Planaltina, também estiveram presentes servidores da Polícia Militar (PMDF), do Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF), do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF), do Departamento de Trânsito (Detran-DF) e da Secretaria de Proteção e Ordem Urbanística (DF Legal).

O gerente de Integração e Prevenção da SSP-DF, tenente-coronel Eduardo Miranda, afirmou que a ação cumpre os quatro eixos estabelecidos pela operação Caminhos Seguros: “Temos o eixo ostensivo, o eixo de cumprimento de mandados e diligências, o eixo educativo e o eixo de inteligência. Todos os eixos são desenvolvidos na ação, que busca coibir a violência contra crianças e adolescentes”, explicou.

Flávio Dias: “Quando uma criança sofre um abuso sexual ou é vítima de algum tipo de exploração sexual, ela tem um trauma psicológico que pode acarretar diversos outros fatores prejudiciais”

O conselheiro tutelar de Planaltina, Flávio Dias, destacou que as blitze servem para levar informação a quem mais precisa. “Em geral, quando uma criança sofre um abuso sexual ou é vítima de algum tipo de exploração sexual, ela tem um trauma psicológico que pode acarretar diversos outros fatores prejudiciais e, infelizmente, não sabe como buscar ajuda. Queremos mudar essa realidade a partir da conscientização da população”, observou.

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Combate coletivo

A Sejus-DF preparou uma vasta programação de ações alusivas ao Maio Laranja. A abertura será na próxima terça (21), às 19h, no SesiLab – Espaço de Arte, Ciência e Tecnologia, com um painel criado com o tema Panorama da violência sexual contra crianças e adolescentes no Brasil.

“É fundamental que governos, instituições e comunidades se unam para proteger nossas crianças e garantir um futuro seguro para elas”

Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania

“O Maio Laranja é uma oportunidade para mobilizar a sociedade e reforçar a importância da prevenção e do combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. É fundamental que governos, instituições e comunidades se unam para proteger nossas crianças e garantir um futuro seguro para elas”, afirma a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. “O objetivo é mobilizar a sociedade e promover a reflexão sobre o assunto. É necessário que todos entendam a importância da denúncia e da ação em uma rede de proteção, em favor da infância e adolescência, para que o ciclo de violência cesse e termine o sofrimento psíquico e físico.”

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De 22 a 24 deste mês, serão realizadas blitzes da equipe do Centro Integrado 18 de Maio, na Rodoviária do Plano Piloto, das 9h às 12h. No SesiLab, às 14h, haverá visita guiada e intervenção cultural, com contação de histórias e peças teatrais. O espaço também vai receber palestras sobre o tema, das 18h às 19h.

Denuncie!

Crimes de violência contra crianças e adolescentes podem ser denunciados em quaisquer delegacias localizadas nas regiões administrativas e também por meio da Delegacia Eletrônica. Denúncias também podem ser feitas pelo 197.

Ainda é possível denunciar casos de violação dos direitos de crianças e adolescentes, incluindo a violência sexual, pelo Disque 100 – Disque Direitos Humanos. O número é o canal de recebimento de denúncias de violação de direitos dessa natureza e atende 24h, durante todos os dias da semana.

16/05/2024 - Blitz educativa alerta população sobre prevenção à violência sexual infantojuvenil

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Redação EgNews

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