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Produtor rural cria projetos de implementos para facilitar o trabalho agrícola

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Movido pela vontade de diminuir a penosidade do trabalho agrícola, Lucas da Natividade Ribeiro, 33 anos, começou a criar projetos de implementos há dez anos. Ao longo desse tempo, desenvolveu um pulverizador para ser acoplado num microtrator, uma plantadeira e um colhedor de batata doce, e máquinas lavadoras de cenoura e batata doce. Tudo pensado para atender a própria produção e as propriedades vizinhas.

Lucas desenvolveu um pulverizador que funciona acoplado a um microtrator | Foto: Divulgação/ Emater-DF

Lucas herdou do pai o amor pela produção rural e, aos 17 anos, adquiriu uma propriedade localizada no Núcleo Rural Jardim, no Paranoá, com extensão de 6,5 hectares.  O jovem sabia o que o aguardava – desde criança, ele acompanhava a lida diária do pai no campo. Mas como não tinha a mesma afeição pelas atividades braçais, deu um jeito de facilitar seu trabalho. “Sempre quis tirar essa carga pesada, eu sou um cara mais mole; daí vi uma necessidade de mudança para continuar vivendo da agricultura”, contou o produtor.

O trabalho no campo requer o cuidado diário com o manejo da produção agrícola, boa gestão da propriedade e organização. Essa foi a receita encontrada por Lucas para ter uma vida tranquila e confortável ao lado da esposa e dois filhos. “O produtor que não planeja sua rotina e busca melhorar a produtividade não vai para frente. O meu sucesso está na organização, no planejamento para atender as necessidades da propriedade e produzir com mais qualidade e menor custo e dificuldade”, argumentou.

Máquinas lavadoras de cenoura e batata doce agilizam o trabalho e geram economia com mão de obra

Assistência técnica

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Da extensão total da propriedade, seis hectares são destinados ao plantio de batata doce, cenoura e milho, entre outras culturas. O trabalho de assistência técnica e extensão rural prestado pelo escritório da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) no Jardim, unido à mecanização do processo agrícola, renderam um aumento de 30% da produção e redução de 20% nos custos com mão de obra.

“Indicamos os projetos do Lucas por terem um custo menor, permitindo acesso a outros produtores, e por levarem ao aumento da produtividade e eficiência nas atividades”

Aureliano Dantas, extensionista da Emater-DF

De acordo com o extensionista da Emater-DF Aureliano Dantas, as máquinas agrícolas criadas por Lucas facilitam as operações do dia a dia em sua propriedade, gerando eficiência na aplicação dos produtos químicos e na economia da quantidade aplicada, uma vez que o pulverizador, bem ajustado, faz a aplicação de maneira uniforme. “Outra diferença no desempenho é a organização na maneira de gerir a propriedade e a aceitação das nossas orientações, que se dão em relação a todo o processo produtivo, desde o manejo da cultura, documentação e declarações até a produção de projetos de crédito rural”, informou o extensionista.

O profissional observou ainda que a mecanização das propriedades rurais é uma realidade para poucos em função do alto custo e da dificuldade de crédito rural para o investimento. “Os implementos agrícolas e outros equipamentos, necessários para diminuir a penosidade do trabalho rural, não chegam facilmente ao agricultor familiar; por isso, indicamos os projetos do Lucas por terem um custo menor, permitindo acesso a outros produtores, e por levarem ao aumento da produtividade e eficiência nas atividades”, finalizou Aureliano.

Lucas Ribeiro ensina: “O produtor que não planeja sua rotina e busca melhorar a produtividade não vai para frente”

Mecanização agrícola

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O gerente de Agropecuária da Emater-DF, Antonio Dantas, declarou que a mecanização agrícola vem sendo trabalhada há muito tempo pela empresa; no entanto, nos últimos anos, o tema tem recebido mais ações devido às mudanças no ambiente rural, principalmente no perfil e composição das famílias rurais, visando a permanência delas rurais no campo.

“A mecanização agrícola está sendo tratada dentro dos Programas de Desenvolvimento das Cadeias Produtivas com diversas metodologias planejadas para este ano. Nesse projeto destaco os Dias Especiais de Mecanização e Automatização da Agropecuária, que deverão acontecer em julho em Planaltina e Brazlândia. Nesses eventos, e durante as atividades de campo dos nossos extensionistas, os agricultores recebem orientações sobre as possibilidades de mecanização ou automatização de suas atividades e das linhas de crédito rural disponíveis para o financiamento”, afirmou o gestor.

O Programa de Crédito Rural da Emater-DF assessora extensionistas da empresa e produtores rurais na elaboração de projetos e critérios de acesso às linhas de crédito rural disponíveis para o Distrito Federal. Para acessar as linhas de crédito, é necessário que o pequeno agricultor familiar esteja enquadrado nos critérios do Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf). Para isso é preciso estar inscrito no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF), que é a porta de entrada do agricultor familiar às políticas públicas de incentivo à produção e à geração de renda.

*Com informações da Emater-DF

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Redação EgNews

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DF terá cinco unidades da Casa da Mulher Brasileira até final do ano

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O Distrito Federal passará a contar com cinco unidades da Casa da Mulher Brasileira (CMB) até o final de 2024. Além da estrutura que, desde 2021, funciona em Ceilândia, outras quatro novas casas estão sendo construídas para promover acolhimento, capacitação e enfrentamento à violência contra a mulher. Todas estarão em locais de fácil acesso, na região central do Recanto das Emas, Sobradinho II, São Sebastião e Sol Nascente, próximas ao transporte público e preparadas para receber pessoas com deficiência.

Casa da Mulher Brasileira de Sobradinho II, uma das novas unidades em construção no DF | Foto: Divulgação/ SMDF

Cada nova unidade terá 270 m² de área construída, composta por recepção, duas salas para atendimentos psicossociais, brinquedoteca com fraldário, três salas administrativas, espaço de convivência interno e externo com paisagismo, e estacionamento.

Com financiamento do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, juntamente com a Secretaria da Mulher do Distrito Federal (SMDF), as obras das quatro novas unidades da Casa da Mulher são acompanhadas e fiscalizadas pela pasta, em parceria com a Novacap. O recurso orçamentário para construção e mobiliário foi de aproximadamente R$ 4,9 milhões, provenientes de emendas federais para o DF, e R$ 3,9 milhões de contrapartida do Governo do Distrito Federal.

Para a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, esses espaços multifuncionais não apenas oferecem suporte, mas também simbolizam os esforços do governo para erradicar a violência de gênero. “É uma enorme conquista para as mulheres do DF. Aumentaremos significativamente o atendimento humanizado e integral às vítimas de violência, além de promover autonomia econômica, uma possibilidade de saída de relacionamentos violentos”, observa.

Um dos principais serviços oferecidos nas CMBs são os atendimentos psicossociais por meio de uma equipe multidisciplinar formada por agentes sociais, psicólogos, pedagogos e educadores sociais. São realizadas escutas qualificadas, análise das demandas das vítimas e encaminhamentos para apoio de órgãos parceiros. A assistência é realizada de forma espontânea e gratuita.

Para uma moradora de Ceilândia que prefere não se identificar, o amparo recebido na CMB após receber ameaças do ex-marido foi fundamental. “É um lugar completo, tem o que a gente precisa; foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida na época da separação”, destaca a mulher de 54 anos.

A Casa da Mulher Brasileira de Ceilândia realizou mais de 24 mil atendimentos em três anos de atividade | Foto: Vinicius de Melo/ SMDF

Histórico de acolhimento

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A primeira Casa da Mulher Brasileira no Distrito Federal foi construída em 2015, na Asa Norte. Problemas de edificação, no entanto, levaram a antiga unidade a ser interditada pela Defesa Civil com apenas três anos de funcionamento.

O espaço reabriu suas portas em nova sede, no centro de Ceilândia, no dia 20 de abril de 2021. Só no primeiro ano de atividade, o equipamento atendeu 3.717 mulheres; em três anos, foram mais de 24 mil acolhimentos.

O número reflete a disponibilidade da Casa para receber vítimas de agressão. Em qualquer dia da semana, a qualquer horário, o equipamento está preparado para acolher mulheres em situação de vulnerabilidade. Elas são atendidas por psicólogos, assistentes sociais e advogados. Junto com a equipe, traçam o melhor caminho para sair da situação de violência. O acompanhamento psicossocial perdura enquanto for necessário.

*Com informações da Secretaria da Mulher (SMDF)

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Redação EgNews

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