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Segurança de Rollemberg bate carro oficial e dá calote em motorista

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Oficial da PM se recusou a pagar os prejuízos causados a outra condutora pela colisão. Após o Metrópoles questionar GDF, ele foi exonerado

Michael Melo/Metrópoles

Um capitão da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) lotado na Casa Militar que tinha como função garantir a segurança pessoal do governador, Rodrigo Rollemberg (PSB), e também da primeira-dama, Márcia Rollemberg, envolveu-se em um acidente de trânsito. João Felipe Holanda Noronha conduzia uma viatura descaracterizada – um Ford Focus branco – quando atingiu um Ford Ka preto.

Após a colisão, o oficial trocou telefones com a motorista e pediu que ela providenciasse três orçamentos para consertar o para-choque traseiro. No entanto, o valor nunca foi pago e a condutora acusa Noronha de calote.

O acidente ocorreu em 27 de abril, uma sexta-feira. No dia seguinte, a professora Juliana*, 24 anos, registrou ocorrência na 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul). Segundo o documento, a colisão ocorreu por volta das 15h30.

A condutora relatou que a pista de conexão entre as quadras 207 Sul e 107 Sul estava congestionada e o trânsito seguia lento. “Subindo para a 107, um veículo Ford Focus bateu na traseira do meu carro. A pista estava congestionada e, por isso, o trânsito estava fluindo bem devagar, com constantes paradas”, narrou.

Juliana ainda afirmou que a viatura – geralmente usada pela primeira-dama, Márcia Rollemberg – estava na tesourinha, esperando para entrar na pista, mas o oficial falava ao celular e não percebeu que o carro dela passava.

“Dei passagem, mas, por estar no celular, ele não visualizou que eu havia deixado ele entrar, então avancei e ele acelerou depois, atrás de mim. Acabou batendo no meu carro”, explicou a motorista.

“Assessor do governador”
Ao descerem dos veículos para conversar, o militar identificou-se a Juliana como assessor do governador Rollemberg e pediu que a mulher anotasse seu número e enviasse três orçamentos.

“Ele também disse que não havia seguro e o carro era do GDF [Governo do Distrito Federal], não particular, e que ele, Felipe Noronha, era da assessoria do governador. Apesar disso, o veículo não tinha nenhuma identificação de ser do GDF”, disse Juliana.

“Felipe Noronha insinuou que eu estava ‘dificultando’ o problema e tentando ganhar vantagem em cima de sua obrigação de custear o conserto do veículo, afirmando que o valor sugerido daria para arrumar todo o meu carro, o qual já estava ruim, o que não é verdade”, ressaltou a motorista.

Depois da conversa por meio do WhatsApp, o policial nunca mais respondeu à condutora. Com o prejuízo, a mulher procurou a Corregedoria-Geral da Polícia Militar para denunciar o caso, assim como o Núcleo de Controle da Atividade Policial (Ncap), do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), além de ingressar com um processo na esfera cível por dano moral e material.

MICHAEL MELO/METRÓPOLES

Michael Melo/Metrópoles

O capitão Nogueira, em pé, de camisa branca, ao lado de um dos veículos oficiais do GDF

Exoneração
Logo após o Metrópoles procurar a Casa Militar para ouvir a versão do GDF sobre o caso, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) determinou que João Felipe Holanda Noronha fosse exonerado. O ato foi publicado em edição extra do Diário Oficial nesta quarta-feira (20/6).

O capitão ocupava o cargo de chefe de equipe do Núcleo de Equipes, da Gerência de Segurança, da Diretoria de Segurança Pessoal, da Subchefia de Operações de Segurança da Casa Militar. Rollemberg também suspendeu a gratificação militar de segurança institucional que o oficial recebia.

Reprodução/DODF

REPRODUÇÃO/DODF

O outro lado
O chefe da Casa Militar, coronel Márcio Pereira, afirmou à reportagem que a conduta do ex-subordinado será apurada por uma sindicância interna aberta pela própria PMDF, pois o oficial foi exonerado.

O coronel Pereira ainda disse que “todo o episódio será apurado, tanto na esfera disciplinar quanto na administrativa. É importante dizer que, no momento do fato, o policial estava sozinho e não transportava nenhuma autoridade. Além disso, é condenável a forma como ele conduziu as coisas”.

Por meio de nota, a Casa Militar informou que “quanto à conduta do servidor e aos possíveis prejuízos oriundos do sinistro, estes serão apurados em processos próprios”.

O que diz o capitão
Em conversa com a reportagem, o capitão Noronha negou todas as acusações feitas pela motorista. De acordo com o militar, a pessoa culpada pelo acidente foi a condutora do Ford Ka, que deixou o carro descer no declive da tesourinha e atingiu a frente do veículo oficial.

Noronha também negou que estivesse falando ao celular no momento da batida. “Em nenhum momento fiz valer da minha função para tirar proveito daquele acidente. Após o ocorrido, a motorista me apresentou orçamentos com valores completamente descabidos, superiores a R$ 1,7 mil, para consertar o dano em um para-choque que já estava bastante danificado”, afirmou.

O militar também destacou que, após a apresentação dos orçamentos, ele não foi novamente procurado pela condutora e ela não aceitou o pagamento de valores mais baixos para consertar o carro. “Tive a impressão de que ela queria tirar proveito da situação para reformar toda a traseira do veículo, com o que não concordo. Meu trabalho, tanto na PM quanto na Casa Militar, sempre foi feito de forma ética e responsável”, disse Noronha.

Fonte: Metropolis

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ENERGIA RECUPERADA EM TRÊS MESES É SUFICIENTE PARA ABASTECER 140 MIL CASAS POR 30 DIAS

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Neoenergia Brasília realiza mais de 35 mil ações de recuperação de energia em todo o Distrito Federal. Parte do valor da energia furtada é pago por todos os consumidores

 

Brasília, 14 de junho de 2022 –* O combate a perdas de energia é uma prioridade para a Neoenergia Brasília. Só nos três primeiros meses do ano, a distribuidora recuperou 28 milhões de kWh, o suficiente para abastecer 140 mil residências por 30 dias. Para se chegar a essa marca, foram realizadas mais de 35 mil ações de prevenção e combate aos desvios de energia, como regularização de clientes clandestinos (4,3 mil), fiscalização (23 mil) e substituição de medidores (7,7 mil), além do uso de tecnologia para se evitar fraudes, como a instalação de sensores na rede e a manutenção da telemedição nos maiores consumidores.

 

É importante ressaltar que, somente com 1.940 ações realizadas nas classes comercial e industrial, neste período, a distribuidora recuperou 64% do montante recuperado em todas as classes no período. Com 18 milhões de kWh recuperados, é possível abastecer 90 mil residências por 30 dias.

 

“Esse trabalho é fruto de ações de inteligência, associadas a operações estratégicas de campo e com a colaboração de todas as áreas da empresa”, explica Gustavo Alvares, diretor- superintendente de Relacionamento com o Cliente da Neoenergia Brasília. “Aumentaremos o ritmo de inspeções nos próximos meses e reforçaremos a ideia de que o furto de energia não compensa. As empresas devem procurar a Neoenergia para regularizar seus débitos e adequar as ligações de suas unidades”, finaliza.

 

De todas as ações, um caso emblemático chamou a atenção. No último mês de fevereiro, o time da Neoenergia Brasília recuperou 2,26 GWh em uma fábrica de gelo, localizada na BR- 060, Km 18, no Recanto das Emas. Esse montante, sozinho, abasteceria 11,3 mil casas por um mês e a fatura ficou próxima aos R$ 2 milhões.

 

*BALANÇO -* No primeiro ano de atuação no Distrito Federal, a Neoenergia Brasília recuperou mais de 205,20 Gigawatt-hora (GWh) – suficiente para abastecer todos os clientes residenciais (aproximadamente 950 mil) da capital federal durante um mês inteiro – em ações diárias, impactando positivamente também, na segurança da população e na qualidade do fornecimento de energia.

 

*DENÚNCIA -* Os desvios de energia prejudicam todos os clientes, já que promovem modificações inapropriadas na rede, trazendo riscos à vida, e parte do valor da energia furtada acaba sendo pago entre todos os consumidores. Por isso, a Neoenergia Brasília reforça a importância de denunciar fraudes. As denúncias são feitas na central de teleatendimento da distribuidora, por meio do telefone gratuito 116.

A Neoenergia Brasília reforça que o furto de energia é crime sujeito às penalidades do artigo 155 do Código Penal Brasileiro. Além de acarretar prejuízos à população, a prática representa riscos de acidentes graves. Em caso de denúncias, os clientes podem entrar em contato com a concessionária.

 

*CLANDESTINOS -* Os novos clientes têm a energia regularizada por meio do programa Energia Cidadã. Alinhada ao programa Energia Legal do GDF, a distribuidora regularizou a energia para mais de 28 mil famílias no último ano, levando desenvolvimento econômico, social e mais dignidade para essa parcela da população. Com energia de qualidade, mais segurança e cidadania ainda terão acesso a inúmeros outros benefícios proporcionados pela distribuidora, como participação nos programas de Eficiência Energética, com campanhas de consumo consciente, doação de lâmpadas e geladeiras.

 

*SEGURANÇA -* A utilização de gambiarras para garantir o fornecimento de energia elétrica é contra a lei e extremamente perigoso. Esses tipos de intervenções na rede de distribuição, sem os devidos cuidados com o uso dos equipamentos de segurança, sem atender as normas do setor elétrico e sem a utilização de profissionais capacitados, podem ocasionar acidentes e incêndios, além de sobrecarga.

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