De acordo com a denúncia, a diretora Maria Inês Guedes Borges, que coordena uma das maiores e mais importantes áreas de cobertura em saúde básica do DF, manteria pelo menos quatro gratificações indevidas. Os valores engordam o vencimento mensal da enfermeira, que é de R$ 18.471,54. Somadas, as bonificações representam R$ 4.480 a mais todo mês.
Os pagamentos “extras” incluem uma gratificação por movimentação. O valor de R$ 1.086,24 é usado para beneficiar funcionários que moram longe do local de trabalho. Não é o caso de Maria Inês: ela trabalha e reside na mesma cidade. Uma fonte da Secretaria de Saúde ouvida pelo Metrópoles afirmou que a diretora também recebe adicional por insalubridade (veja comprovante abaixo), num total de R$ 724,16.
“É um absurdo. Só quem deve ter esse benefício são os servidores que trabalham diretamente com pacientes, muitos deles portadores de doenças infectocontagiosas. Com certeza não é o caso dessa diretora”, disse o servidor.
Trem da alegria
Além de Maria Inês, pelo menos outros dois servidores que ocupam cargos em comissão e trabalham sob o comando da diretora recebem gratificações, cuja legalidade é apurada pela Secretaria de Saúde. Tratam-se dos enfermeiros Antônio Pedro Galas e Aline Vieira. Ambos recebem gratificações por movimentação e por condições especiais de trabalho, voltadas aos integrantes das equipes de visitação que vão até as casas de pacientes (confira comprovantes abaixo).
REPRODUÇÃO
Outro lado
O Metrópoles ligou para a diretora Maria Inês para questionar o pagamento das gratificações indevidas, segundo as denúncias, e também encaminhou recado por WhatsApp. Mesmo visualizando as mensagens, ela não respondeu.
Os outros dois servidores também foram contactados, mas também não se manifestaram.
Por meio de nota, a Secretaria de Saúde afirmou que a Superintendência da Região de Saúde Central avalia a situação dos servidores e, caso seja apontada alguma irregularidade, os benefícios serão suprimidos das folhas de pagamento.”Além disso, poderá ser solicitada a devolução, ao erário, dos valores creditados indevidamente”, ressaltou a nota.
A pasta explicou, ainda, que preliminarmente, levando-se em consideração apenas os cargos e contracheques, não é possível informar a legitimidade da gratificação. “Por esse motivo, a Superintendência da Região Central iniciou processo para analisar a situação funcional de cada servidor citado, observando outros fatores, como a mudança da legislação, organograma, escala de trabalho e local da efetiva prestação do serviço”, apontou a pasta.
Fonte: Metropolis
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