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Desfile de blindados é sinal de fraqueza e efeito internacional será desastroso, diz Jungmann

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Camila Mattoso
FolhaPress

Na avaliação do ex-ministro da Defesa e da Segurança Raul Jungmann, a realização nesta terça-feira (10) de um desfile de blindados em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, é um teatro promovido por Jair Bolsonaro na tentativa de demonstrar força, revelando na verdade a sua fraqueza.

O evento, organizado pelo Ministério da Defesa, acontece na mesma semana da votação da PEC do voto impresso na Câmara. Jungmann diz que já participou da chamada Operação Formosa, mas enquanto cerimônia fechada ao público.

“O presidente tenta com esse teatro criar a ilusão de que as Forças Armadas apoiam o seu constrangimento dos demais Poderes e ameaças. Não existe nada disso. As Forças Armadas estão de fato com a Constituição e não vão se afastar disso. E o presidente visa passar a impressão contrária”, afirma Jungmann à reportagem. Ainda assim, diz o ex-ministro, a medida terá efeito “triplamente desastroso”. “Primeiro, porque vai ampliar a derrota do voto impresso na Câmara, que de forma alguma vai aceitar esse tipo de pressão. Segundo, o efeito desses fatos internacionalmente será desastroso, não tenho a menor sombra de dúvida. Terceiro, é uma manifestação não de força, mas de fraqueza, de ‘jus sperniandi’, de perdedor, que quer criar uma falsa impressão de que tem força para que não tem, que é tirar o Brasil dos trilhos democráticos”, afirma Jungmann.

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De acordo com um comunicado da Marinha, o desfile marcará a entrega a Bolsonaro e ao ministro Walter Braga Netto (Defesa) de um convite para que as autoridades acompanhem, na próxima segunda-feira (16), um tradicional exercício da Marinha que ocorre desde 1988.

De acordo com a assessoria de comunicação da Defesa, trata-se de uma ação de divulgação do exercício. Segundo a Marinha, a Operação Formosa envolverá neste ano mais de 2.500 militares das três Forças -é a primeira edição que Exército e Aeronáutica participam.


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Força-tarefa do Ministério das Comunicações, Anatel e operadoras reduz para duas cidades sem comunicação no RS

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Ministro das Comunicação, Juscelino Filho, e equipe do ministério, durante reunião com representantes de operadoras / Fotos: Kayou Sousa ‏ ​‌
No total, 345 municípios estão com sinal em funcionamento das três operadoras de telefonia móvel

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, se reuniu nesta segunda-feira (13) com a força-tarefa do Ministério, Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e operadoras, que conseguiu reduzir para duas cidades sem o serviço de telefonia móvel. São elas: Ivorá e Tunas.

“O trabalho é incansável para restabelecer o serviço de telecomunicações a todos os municípios do Rio Grande do Sul afetados pelas fortes chuvas. Restam duas cidades sem cobertura e nós vamos devolver a comunicação para todas essas áreas”, disse Juscelino.

De acordo com dados da Anatel, há 345 cidades no estado com funcionamento pleno dos sistemas de telecomunicações.

Com a abertura de roaming entre as prestadoras, que é o serviço que permite ao cidadão se manter conectado com rede de outra prestadora quando a sua prestadora original sai do ar, os impactos sobre os serviços de telecomunicações foram minimizados. Com isso, os usuários podem utilizar ao menos uma operadora nos 150 municípios gaúchos com serviços de telecomunicações afetados de forma parcial.

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Além disso, as operadoras vão manter o sinal dos clientes inadimplentes no Rio Grande do Sul. Isso permite que os usuários da região utilizem a rede, mesmo que tenham plano pré-pago e estejam sem créditos.

Os dados foram confirmados pelas operadoras após o fechamento do último boletim do painel de dados da Anatel, que permite ao público monitorar a situação operacional das redes móveis no estado e está disponível neste link.

Trabalho

Durante a reunião, as operadoras relataram as dificuldades para a retomada dos serviços de telecomunicações, como as dificuldades para acesso de veículos por causa das estradas e pontes danificadas, falta de energia e falta de combustível para geradores. Por conta da gravidade em algumas áreas alagadas, há alguns serviços que só serão retomados quando a água baixar.

A operadora Oi informou que está à disposição para instalar internet por fibra ótica em abrigos, para que as vítimas possam se comunicar com seus entes queridos.

A Anatel acrescentou que monitora a situação no Maranhão, onde há o registro de 30 cidades em situação de emergência também por causa de fortes chuvas e, por isso, com os serviços de comunicação instáveis.

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Ações

O Ministério das Comunicações disponibilizou 53 antenas de emergência da Telebras para atender prefeituras – para viabilizar a retomada de serviços públicos para a população -, Defesa Civil, equipes de resgate, centros de Comando de Crise, hospitais de campanha e abrigos com internet de banda larga nas regiões atingidas pelas enchentes. Além disso, a empresa estatal pretende instalar 390 antenas de pontos fixos de internet via satélite, em locais onde há energia elétrica.

Os Correios estão recebendo em toda a sua rede de agências donativos destinados às vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul. São mais de 10 mil unidades em todo país recebendo a doação de itens como água (prioritário), alimentos da cesta básica, material de higiene pessoal, material de limpeza seco, roupas de cama e de banho e ração para pet.

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